Moro perto da praia em Florianópolis, uns 800 metros da praia, então… Nenhuma novidade para mim sobre verão e veranistas, porém… A praia é uma passarela da sociedade na sua representação maior. Jovens, adultos e até velhos com o corpo todo ou parcialmente borrado do que eles chamam de tatuagem. Um horror, uma falta de respeito das pessoas por elas mesmas, pessoas que não vêem que são e serão julgadas por suas aparências. Estou com os olhos sobre uma reportagem de um jornal de Curitiba, reportagem com a qual concordo da cabeça aos sapatos, ainda que muitos me possam chamar de rançoso. Ouça a manchete do jornal: – “Lojas tratam melhor quem se veste bem”. O jornal fez um teste através do seu pessoal de redação, alguns foram bem-vestidos e outros molambentos. Feito o teste, foi constatada uma obviedade. O jornal diz que “o traje faz muita diferença”. O malvestido espera 10 minutos pelo atendimento de um vendedor… Trajando terno e gravata, a mesma pessoa foi abordada logo ao chegar a uma revenda de automóveis… Muito das diferenças de atendimento são bem discretas, mas existem. Agora, deixemos a hipocrisia lá fora, p poucos de nós não julgam o poder de compra das pessoas pelas aparências. Ou alguém já viu um morador de rua de gravata? Ou já viu uma – das raras – moradora de rua vestindo Chanel? O ditado diz que não devemos julgar pelas aparências, mas êta conselhozinho difícil de seguirmos. Outro ditado diz que – nos revelamos por todos os poros – verdade sacrossanta, aliás, os delegados de polícia sabem bem disso, ô… Sem esquecer que a nossa fala é a mais transparente radiografia do nosso ser. E o futuro? Leio todos os dias que uma nova onda de jovens, prestes a entrar no mercado de trabalho, mal sabe escrever, fala mal e, por conseqüência, entende mal. Culpa dos pais? Sim, muito dessas incompetências resultam da falta de pulso dos pais e da fraqueza “educacional” dos colégios. Ah, esquecia, na reportagem do jornal curitibano, havia um parágrafo onde se lia que – “Roupa faz funcionário trocar “você” por “senhor”! Nada de novo, pois não? Então, não esqueçamos, somos todos “produtos” sociais, e produtos exigem uma boa “embalagem”, atrativa mesmo, e não esquecendo que o produto dentro da embalagem precisa de qualidade. E assim, sucesso garantido.
SALA
Qualquer um de nós, por rasteira que seja a nossa conta bancária, todos podemos receber em nossa sala de visitas ou mesmo na nossa cama as pessoas mais importantes do planeta. Um encontro sem cerimônias, decisão tomada, as pessoas não discutem, elas vêm estar conosco. Ah, claro, estou falando de livros. Podemos ter conosco as pessoas mais bem realizadas na vida atrás dos livros que elas escreveram. E vamos, aprendendo com elas, crescer. Quem não pode? Os desatentos.
HÁBITO
Já disse, repetidas vezes, que quem lê sabe, quem lê jornal sabe mais… Agora imagine acrescendo a esse hábito o hábito de ler livros um pouco mais… Jornais e livros juntos formam o mais combatente ou mais aguerrido dos soldados, eles conjugam uma força que vai transformar a pessoa numa pessoa “perigosa”, perigosa pelos saberes…
FALTA DIZER
Vi no canal OFF. Um documentário sobre caça a jacarés na Amazônia. Tudo à noite, breu total. Mas os “caçadores” com lanternas fortíssimas para jogar sobre os olhos dos jacarés e “cegá-los” de modo a ficar mais fácil a caça. Infelizes. A pior das pragas para eles. Por que não vão à livraria “caçar” livros. O que é deles está guardado…