Dia destes, terminei a leitura do livro – “O placebo é você”, mais um livro sobre esse assunto. Placebo, você sabe, é um falso medicamento, é um comprimido de açúcar ou farinha completamente inócuo, não produz alterações químicas no organismo doente. Não produz?
Os pesquisadores bioquímicos garantem que os placebos, hoje, mais do que nunca, estão produzindo um percentual mais alto de curas que os próprios remédios oficiais. Nós, os humanos, somos um caso clínico.
No consciente ninguém deseja ficar doente, mas… Nos porões do inconsciente, onde se alicerçam as nossas verdades, não é bem assim. Muitas vezes queremos nossa destruição, queremos morrer. Quando essa vontade inconsciente ganha corpo, a pessoa fica perto do suicídio.
Mas vamos lá, ninguém, de cara limpa, quer ficar doente ou continuar doente, certo? Ocorre que se você disser a uma pessoa gravemente enferma que ela pode recuperar a saúde apenas desejando a saúde, que em assim o fazendo abrirá o caminho para recuperação da saúde, essa pessoa nos vai mandar longe, chamar de louco.
Ela não acredita na força do seu pensamento, uma força natural no ser humano. Claro que esse credo, essa fé, não pode ser vacilante. Pois é, mas essa mesma pessoa que não acredita na força do seu pensamento, toma um comprimido inócuo, um placebo, e pouco tempo depois apresenta sinais de melhora ou mesmo de cura total…
Como se explica isso? Explica-se pela ignorância de não saber que quem decide por nossa saúde é a nossa cabeça, cabeça comandada pelo inconsciente. No caso dos placebos subverte-se a ordem, o consciente assume o poder.
A pessoa toma o placebo, desconhecendo sua ineficiência química, mas melhora a saúde, cura-se mesmo. As pessoas, por maioria, não acreditam na força do seu próprio pensamento, mas acreditam no que vem de fora, um placebo, mesmo que esse poder seja meramente uma fantasia.
No caso, a fantasia, o pensamento de fé, produz a melhora ou a cura. Encurtando a conversa, o ser humano é um bicho frouxo, nada de racional, pior que os chamados “animais”, esses sim racionais. Mais uma vez, quando nos dizem que tudo é possível ao crê, sorrimos, duvidamos.
Acreditamos no poder do que vem de fora, quando, na verdade, o poder só pode vir de dentro.
LIBERDADE
Li esta manchete num jornal:- “Povo clama por liberdade”. Que povo? Os vadios? Não posso acreditar que indolentes que andam arrotando badernas por aí estejam a falar do Brasil. Malgrado todas as nossas mazelas históricas, quem foi até hoje proibido de ir e vir, de trabalhar, de estudar, de ser responsável, honesto, bem de vida, quem? Penso até o contrário, há excesso de liberdade para ordinários que resmungam sem se olhar no espelho. Trabalhem…
APLAUSOS
Ele é japonês, abrasileirado, tem idade, é médico e professor. Leio sobre ele num jornal de São Paulo… “… Esse professor não permite um suspiro sequer em suas aulas. Se alguém pede para ir ao banheiro (sim, é preciso pedir) ele permite, mas interrompe a aula até o aluno voltar. Caneta não pode pedir emprestada, é para trazer de casa, e ninguém pode trocar de lugar”. Bah, dá um abraço, professor! Que constrangimento para os professores brasileiros, pífios, frouxos.
FALTA DIZER
Até quando levianos vão continuar sugerindo e outros votando o nome de homens (homens?…) para ruas, praças e avenidas? São raríssimos os locais públicos com nome de mulher. E foram elas que alimentaram, alimentam e decidem, orientando, a vida dos falsos nomes “ilustres” da “História”. Levantando bem o tapete dos “bacanas”, socorro…