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Viver sozinho – leia a coluna do Prates desta quinta-feira (8)

Por: Luiz Carlos Prates

08/10/2020 - 00:10

Não sei que idade você tem, digamos que tenha mais de 20 anos. Dependendo de como você convive com você mesma, não tem mais volta. Não tem mais volta nesse modo de viver, bom ou mau, mais das vezes mau.

Dito de outro modo, você não convive bem com você mesma, mesmo. Vamos ver. Você dorme bem sozinha, bem no sentido de não sentir nenhum tipo de medo, de inquietação? Hummm. Não tem saída, vai ser assim até o último suspiro.

Você é daquelas pessoas que nem bem abriu a porta da casa e já está ligando a TV, ou o rádio, quando entra no carro? Não é ligar para ter informações, é ligar para ter companhia, é isso que quero dizer.

Muita gente não se dá conta disso. Mas esses “pequenos” vícios revelam muito da personalidade, das inseguranças. Você já sabe que quem tem vida interior não sente solidão. O diacho é ter essa vida interior.

Ontem, ouvi uma monja budista dizer que as pessoas procuram pelos centros de meditação e aprendizados budistas, mas não aguentam alguns poucos minutos de silêncio, numa tentativa desesperada de ficar quietas e limpar a mente tanto quanto possível.

As pessoas preferem um incêndio no 10º andar de suas vidas a ficarem quietas, “sem pensar” por alguns poucos segundos. E essas inquietações nos revelam.

Vem daí também a necessidade neurótica de muitas mulheres, e a maioria dos homens, de ter alguém ao lado, mesmo que esse alguém seja um cueca-borrada ou uma chininha de araque. Acham que é melhor mesmo assim.

Infelizmente, esse jeito de ser talvez não tenha cura, e não tem, mas dá para fazer algumas coisas no sentido de diminuir essas dependências ou inquietações. Antes de tudo, ter consciência de que esse barulho buscado com a TV ligada ou um som fazendo ruídos por perto, rádio, celular, o que for, é medo, é insegurança.

Essa consciência já nos dá uma noção de que há um problema conosco, não é que queiramos ver a TV ou ouvir música, queremos distrações por medo.

As imagens da televisão ou os sons do rádio são para nos distrair dos medos. E quando estamos distraídos, estamos com a consciência fora de nós. E basta sairmos de nós, tirarmos a consciência de cima de nós, para que nos distraiamos. E assim, viver melhor. O diacho é achar essa boa “distração”. Eu a ando procurando…

Tempos

Ele é jogador de futebol, não digo famoso, mas conhecido, rico. Separou-se há pouco de uma jovem, bonita e dissimulada. Perguntada sobre a separação, ela disse que agora é assim, casamentos não são para durar…

Se ela pensa assim, é estúpida. Quem entrar em qualquer “negócio” pensando que não é para durar, não vai durar. E casamento é para durar, ou então é o que anda por aí, o casa/descasa dos levianos.

Verdade

Quem falou foi um gerente de pesquisas da IBM, logo, o cara é de ser ouvido. Disse que – “As palavras que você escolhe dizem muito sobre como você é. Ao processá-las, é possível ter um quadro da sua personalidade”.

Adão já dizia isso a Eva: – Fala, se queres que te conheça! E o que anda por aí é de sair correndo, gentinha pura, mas cobertos de grifes…

Falta dizer

A bestialidade está de plantão. Querem aulas presenciais, crianças vão ser sacrificadas e assim os professores e os idosos que ficaram em casa. Vai haver brigas pelo não uso da máscara e o recrudescimento do coronavírus vai afetar a toda sociedade. Anote.

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.