Nunca como hoje houve tantos jovens afetados por graves questões emocionais, mentais, questões sérias e que não raro estão levando jovens ao suicídio. Mas tudo tem seus motivos. Estou nesta areia movediça em razão de uma manchete que acabei de ler e que joga esterco nos jovens, nos chamados Geração Y. A chamada Geração Y envolve os nascidos entre os anos de 1982 e 1994. Manchete procedente? Sim, mas… Os mais velhos, os velhos, têm muita culpa nesse cartório das indolências e indecências jogadas aos ombros dos mais jovens. A manchete de que falei dizia assim: – “Geração Y, cadê os bons modos”? E no texto da reportagem lia-se que esses tipos, da Geração Y, são avessos a dizer “por favor” e “obrigado”, dizem que isso é antiquado, fora de moda. Coitados, mas… Ocorre, companheiros, que os “velhos” e “velhas”, até ouso dizer por baita maioria, estão comandando esse barco da falta de educação. Vejo velhos espirrando, tossindo, cuspindo sem olhar para os lados. Idosos, dizem os educados, cobrando direitos e esquecendo deveres. Estou cansado de ouvir, por exemplo, gente já bem vivida, contando de intimidades domésticas, questões de marido e mulher. Nem tenho coragem, até seria falta de respeito mesmo, dizer aqui o que ouço numa boa de parte de muitos casais, bem mais velhos que a tal Geração Y. Bom, conheço casais que vão ao banheiro e deixam a porta aberta, fazem barulhos de todos os tipos e nem aí… – Ah, estamos casados há muitos anos! E daí, parvos, e daí, mal-educadas? Respeito é bom e barato. E quando perdemos o respeito, o recato indispensável ao convívio saudável, foi-se o boi com a corda. Você presta um favor, faz uma ajuda ao um idoso/a e fica nisso, não vai ouvir um “muito obrigado”, “muito obrigada”, vai nada. E o que é isso senão falta de educação? Ah, quase esquecia, a educação ou a falta de educação dos mais jovens vem, infalivelmente, da falta de regras, de disciplina, de cordas puxadas pelo papai e pela mamãe no não educar as crianças. Ou será que não ouviram que a fruta não cai longe do pé? E contar de intimidades conjugais nem para o Papa em confissão. Mas vá dizer isso para o que anda por aí…
SOLIDÃO
Dada a diminuição das famílias, a questão do isolamento, da solidão na velhice encrespa o futuro da maioria. A Psicologia garante que – “O pertencimento a grupos é essencial para a sobrevivência do ser humano e deixar de atender a essa necessidade constitui uma ameaça à vida…”! E no mundo carrasco de hoje essa deve ser uma preocupação e cuidado que os jovens devem ter desde cedo. Depois será tarde. Há uma onda mundial de desesperos e solidão, não apenas entre os mais velhos como também entre os jovens. Precaver-se.
ISOLAMENTO
Essa solidão de que falei é extremamente comum e desastrosa na vida. Quando a necessidade por relacionamentos fortes não é atendida, as pessoas sofrem física, mental e socialmente. E os mais velhos devem ficar atentos, casamentos, ajuntamentos apressados, podem ser uma bomba pior que a solidão propriamente dita. Ou a “junção” é pelo caráter dos corações ou melhor é gemer sozinho…
FALTA DIZER
Jovens bobocas acham que vão se dar bem no mercado de trabalho pegando leve. Ouça um diretor de RH, jornal de São Paulo: – “O pessoal da Geração Z são jovens inquietos que buscam experiências nas relações de trabalho sem grande apego a compromissos”. Recado? Desemprego e olho da rua, molengas!