Saí para caminhar, é uma das minhas disciplinas diárias, ou loucura, vá lá… Chuva ou faça sol, lá vou eu, caminhar. E como já contei aqui, sempre com fones nos ouvidos e ouvindo um palestrante americano. O palestrante de ontem falava das psicologias budistas. O que ouvi já tinha ouvido e lido incontáveis vezes, mas é aquela coisa, a verdade está sempre de plantão e, pior, a verdade só às vezes é agradável, mais das vezes é um remédio muito amargo… Vamos lá. O palestrante de ontem falou uma verdade que se for engolida sem a mastigarmos ela nos vai tirar muito a graça da vida. O palestrante falava sobre as impermanências na vida. Tudo é impermanente, nada dura para sempre. Essa verdade, quando estamos afogados num sofrimento, nos faz respirar melhor, ter esperanças e dizer a nós mesmos: vai passar. Seja o sofrimento que for, o tempo nos vai anestesiá-lo, afinal, nada é eterno, a característica básica da vida é a impermanência. Sim, tudo bem, mas e quando estamos num bom momento, e quando estamos jubilosos de tão felizes? Será que é momento de pensar que tudo vai passar? Segundo a filosofia budista, sim, é momento de pensar e, por isso, de viver intensamente o “aqui e agora”, que é tudo o que temos sempre na palma da mão. Ninguém volta ao passado ou o traz de volta, e ninguém jamais vai conhecer as janelas do futuro, só temos o aqui e agora. Ouvindo, mais uma vez, essa pregação budista fiquei pensativo. É incontestável a transitoriedade de tudo na vida, mas, cá pra nós, é danação pensar nisso quando estamos numa lua-de-mel com a vida ou numa lua-de-mel na cama… Pô, isto vai acabar, mais cedo ou mais tarde vai acabar… É duro viver nessa “verdade” incontestável, essa do tudo é transitório, nada é para sempre. Pensando, pensando cheguei a pensar que em alguns momentos da vida é bom ser ignorante, ignorante no sentido de não ter tantos “conhecimentos” budistas na cabeça. Claro que ninguém é ingênuo de achar que alguma coisa vai durar para sempre, mas, convenhamos, essa verdade budista é mais indicada para os monges budistas, os que não têm esposa, filhos, amigos e deixaram tudo para trás… E nós, para onde remamos?
DISCIPLINA
Um indisciplinado em sala de aula inferniza a vida de muitos. É preciso que os professores e as direções das escolas não tolerem baderneiros em sala de aula. E hoje há também a safada mentira de os pais, omissos de modo absoluto, dizer que o filho é muito inquieto e por isso age como age. Ah, é? Há bons “modos” de sossegar esses inquietos, ô, coisa bem rápida… Disciplina ou rua, mal-educados!
SAFADEZA
Um vereador da cidade de Três Corações, interior de Minas Gerais, onde nasceu Pelé, quer trocar o nome de três áreas na cidade que têm o nome do Rei. Ele quer que um estádio, uma rua e uma praça tenham nomes de outros cidadãos da cidade. Um desses “cidadãos” foi fazendeiro e tinha na fazenda 43 escravos. Trocar o nome do Pelé por um escravagista? Ah, pegar esse “vereador”, ah…
FALTA DIZER
Licitação é um processo administrativo feito por um órgão público para a realização de uma obra social… Quem ganha a licitação? A empresa que oferecer o melhor trabalho pelo menor preço. E se alguém escolher uma empresa, não a melhor, e ganhar por fora um bom dinheiro? Respostas para o delegado. E já algemados. Safados!