Nesta terça-feira, começou, em Brasília, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de uma série de colaboradores. Nunca o Supremo foi tão diligente e célere para marcar um julgamento.
Tem casos que rolam há anos, décadas, mas quando o assunto é, para levar a bom termo, a perseguição à família Bolsonaro, aí tudo efetivamente ganha um ritmo acelerado. Um espetáculo deprimente. Primeiro porque esse julgamento, se é que fosse para realizar no Supremo, teria que ser no plenário.
Na verdade, é numa turma em que três votos já são conhecidos. Portanto, a denúncia será aceita. Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin têm posições pretéritas claras.
Zanin foi advogado quando Lula da Silva estava preso. E Flávio Dino já declarou, na qualidade de candidato ao Senado em 2022, que Bolsonaro era o próprio demônio. Alexandre de Moraes dispensa comentários.
Erro crasso
E outro detalhe. Ele nem poderia estar sendo julgado no Supremo. Ele não tem foro privilegiado. Ele tinha que estar sendo julgado na primeira instância. Se é que tinha que estar sendo julgado, como aqueles mil e tantos brasileiros, tinham que ser julgados na primeira instância. Mas o Supremo chama tudo para si.
Supremacia
A Corte exorbita, avança sobre atribuições de outros Poderes e, internamente, no contexto do Judiciário. Porque se considera o dono do pedaço. Se considera o poder acima dos demais. E o efetivo, real, responsável pelos destinos do Brasil.
Armação
Que golpe de 8 de janeiro? Isso não passa de uma ficção. Se houve golpe, foi patrocinado pelo governo, que queria colocar um ponto final na ocupação das imediações de vários quartéis do Exército país afora. Aí armaram um golpe com os verdadeiros vândalos e os verdadeiros criminosos entrando pelo Palácio do Planalto. Esses nunca foram procurados. Portanto, não foram localizados.
Ilesos
Consequentemente, não foram processados. E muito menos julgados ou condenados. É tudo uma farsa. É um jogo de cartas marcadas. Resultado do Consórcio Supremo e Planalto. Simples assim.
Mídia alinhada
E tudo isso acontecendo com a complacência de 90% dos veículos de comunicação. Que fazem parte desse sistema vicioso, tendencioso, que objetiva derrubar justamente o segmento da política nacional majoritário no país. A começar pela figura de Jair Bolsonaro, que continua sendo individualmente o maior eleitor de Santa Catarina e do Brasil.
Encurralado
Se Lula não pode circular por nenhuma rua de qualquer cidade brasileira, nem mesmo mais no Nordeste, Bolsonaro, por onde vai, carrega multidões. É triste constatar o rumo que o Brasil vem seguindo. E só temos três alternativas.
Covardes
Diante do acovardamento do Congresso Nacional, da omissão do Senado, que insiste em não fazer a apreciação de pedidos de impeachment contra ministros do Supremo, diante desse estado de coisas, as esperanças ficam de fora para dentro, no Congresso e no governo americano.
Reações
Que possa provocar sanções ao Brasil e, assim, frear o ímpeto de figuras como Alexandre de Moraes, que precisa ser detido, e cujo comportamento não merece restrição dos ministros que compõem a Suprema Corte.
Sinais
É bem verdade que agora Luiz Fux já está reagindo um pouquinho; André Mendonça continua na resistência, mas Nunes Marques vai e volta.
Tio Sam
Primeira alternativa, Estados Unidos de fora para dentro. Segunda opção, asfalto. A população ocupar o asfalto, parar o país. Vide o que ocorreu no Chile.
Paz
Não precisa fazer greve, nem depredação. Ninguém defende isso, mas parar o país. Para que eles possam, as autoridades, perceber uma reação popular. Não sendo essas duas alternativas, resta a providência divina. As orações e a fé do povo.
Diferenças
E essa, a fé no Criador, nunca se sabe. Qual o ritmo e a sequência que ela vai se tornar real. Porque o tempo de Deus não é o tempo dos homens.