Vamos lá, escolher! – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

11/07/2023 - 06:07

Leio e vejo de tudo um pouco todos os dias. Duas razões para essa tara: ser cidadão e ser jornalista. Então, é preciso estar por dentro do que acontece. Só que não acontece nada de novo, pelo contrário, uma enfadonha repetição. Vou dar um exemplo. Todos os dias vejo uma “famosa” (famosa de araque, não há famosas, celebridades no Brasil) e também um “famoso” (um pobre diabo) trocando de namorado, de namorada, de esposa, de marido, uma pouca vergonha sem freios. É o momento por que passamos, haja vista o que acontece na política, quanto pior o ordinário mais votos ele faz… Sem muxoxos, pura verdade. Diante disso, pensei num concurso, sem que os participantes soubessem que era um concurso, uma “pegadinha”, na verdade. Seria assim: de um lado uma mulher comum, uma mulher de beleza convencional, mas… Honesta, trabalhadora, leitora voraz, respeitosa às leis de convívio, uma pessoa prestativa, um caráter, enfim, de exceção. De outro lado, uma leviana dessas tantas que andam por aí com postagens idiotas, uma pessoa simplesmente de fazer número entre as pessoas, uma “influencer” apreciada pelos inúteis, um nada, digamos. Quem a leitora pensa que os homens escolheriam, a primeira mulher citada ou a segunda? Bolas, nem vamos perder tempo. Claro que escolheriam a fulaninha, um tipo igual a eles, os homens de maioria. No outro lado do palco, um homem do povo, nem feio nem bonito, um cara do trabalho, honesto, respeitoso, daqueles que casam por amor e não se descasam por caráter negocista ou traiçoeiro, um sujeito confiável sob todos os aspectos… Na outra ponta do palco um “fortão”, fortão só nos braços, um cara com sobrenome na cidade, metido a empresário, um bobão das ginásticas, enfim… Quem as mulheres, por maioria, escolheriam, o primeiro ou o segundo tipo? Nem é preciso ouvir a resposta, estou ouvindo o “coro”, o segundo candidato ganharia, ganha de sobra, de goleada como se diz no futebol. Pois essa é a sociedade em que estamos vivendo, em que os inúteis, os sonsos, os sem méritos estão de plantão 24 horas e com filas para o atendimento, apreciados, amados mesmo. Sem falar que nas escolas os bons alunos sofrem bullying, apanham, são esbofeteados e ninguém faz nada. Ninguém, eu disse. Essa é a sociedadezinha de hoje. Vai mudar? Vai, quando chover de baixo para cima…

HUMOR

Acabei de ler sobre um humorista brasileiro, cara jovem ainda. Está num enrascada de saúde, coisa séria, crises de ansiedade e por aí vai… Já falei aqui, pesquisadores americanos descobriram, faz tempo isso, que os humoristas não são, como muitos pensam, pessoas habitualmente felizes, que acham graça de qualquer piada, nada disso. Os humoristas são pessoas emocionalmente muito encrencadas. Não é curioso isso? A vida é mesmo um carrossel de enganações. Sabemos bem…

COMPOSTURA

Compostura deve ser um ditame de todos nós, sejamos quem formos. Semana passada, um bobalhão que se acha alguma coisa, postou fotos suas sem camisa, um horror. Buscava se passar por vítima. Levou uma sova de críticas. Ninguém é ingênuo para não saber o que pode ou não pode fazer, o que pode ou não deve dizer… Compostura, bobão!

FALTA DIZER

Coisa curiosa. Durante bom tempo pensei que a Lava-Jato tinha sido um movimento para fazer justiça aos safados fora-da-lei, mas… Estava enganado. Estava? Será mesmo que todos os hoje “inocentes” e livres da Lava-Jato nunca pintaram nem bordaram? Eram todos inocentezinhos, injustiçados? Que coisa, eram todos “inocentes”, que coisa! Inocentes? Esperem então pela Lava-Jato da vida…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.