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“Vais desistir?”

Por: Luiz Carlos Prates

08/10/2018 - 15:10 - Atualizada em: 08/10/2018 - 15:31

Não sei o que lhe está passando pela cabeça neste momento, mas pelo sim e pelo não, posso lhe fazer uma sugestão? Atenciosamente, grato.

Então, por favor, vá lá dentro e busque uma caneta. Ah, sim, claro, pode ser esta que está aqui com você… Pegue a caneta e risque do seu dicionário, risque para sempre, o verbo “desistir”.

Diga-me, sinceramente, o que você ganha desistindo de alguma coisa que tem significado para você? Não estou falando de desistir de uma tolice, de uma pequena vaidade, de uma perda de tempo qualquer, não, nada disso. Falo de algo que valha a pena em sua vida, o que você ganha desistindo? Já viste alguém ganhar um jogo desistindo da vitória?

A manchete do jornal diz exatamente assim: – “Desesperança faz trabalhador desistir de procurar emprego”. A manchete traz duas palavras bastardas no vocabulário dos bravos e retumbantes: desesperança e desistir.

A notícia trata de pessoas que perderam o emprego e que estão desistindo de continuar a busca por reemprego, várias razões. Dizem que já andaram muito, não arrumaram nada e… estão desistindo. Vão viver como? Agora, tem uma coisa.

A notícia dizia que esse desânimo, essas desistências se alicerçam sobre idade, falta de estudos e de renda para custear a procura por emprego. Vamos lá. Idade? Deixaram a idade chegar, não fizeram poupança, não se qualificaram para um trabalho a valer a pena para os empregadores e simplesmente acreditaram que tudo chegariam a bom termo por magia de um Papai Noel idiota. Não existe esse Papai Noel.

Esse é o problema. As pessoas desistem daquilo que por elas nunca foi um valor a ser lutado, prosperado, qualificado, nunca. A velhice chega e com ela o desânimo, as desistências. Você já ouviu falar em milagres? Duvido que você conheça um milagre que não tenha sido alicerçado sobre a fé, o ânimo, a crença no Evangelho de Marcos 9:23 – “Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê”. Desistir é fechar a porta para a vida, e sempre que a vida nos fecha uma porta, quase imperceptivelmente para nós, ela abre uma outra, às vezes uma “portinha”, mas, ao passar por ela, encontramos a felicidade. Desistir é o verbo dos frouxos, do pífios, não os quero chamar de covardes…

Casamento

Acabei de ouvir uma nulidade (mais uma) dita coach (não deu para nada…) dizendo que os jovens têm que passar por uma cinco ou seis atividades profissionais na vida para acabar se realizando. Sacrossanto, nada disso. A pessoa tem que “casar” com uma atividade, uma, e tornar-se nessa atividade competentíssima. De outro modo, será mais uma pedra rolando, ninguém quer saber de alguém que já fez de tudo e não deu para nada. Como é que dizem uma estupidez dessas? Pois é, dizem…

Tempos

Tempos de Sodoma e Gomorra, fim do mundo… Uma mulher, paulistana e “moderna”, diz numa entrevista que não se incomoda com as duas filhas que trazem os namorados para dormir com elas, na casa da família. E a mãe argumenta que é por questão de segurança, aí fora, nas ruas, está tudo muito perigoso. As filhas têm 16 e 19 anos, bah, que falta de uma boa…  Que despudor, que descaro, que ordinária. Depois falam mal das gurias da bolsinha, da noite…

Falta dizer

Pergunta de um site de jornalismo: – “Para onde vai a comunicação (jornais) em uma época de leitores dinâmicos”? Respondo: leitores dinâmicos são vadios, não sabem nada; e os conteúdos “impressos”, livros e jornais, são eternos, o que não é eterno é o império dessa geração vadia que só conhece celulares…

 

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.