As eleições aos governos estaduais foram restabelecidas em 1982. Naquele ano, Victor Fontana, que representava a região Oeste, foi eleito vice-governador, na chapa encabeçada por Esperidião Amin. Quatro anos depois, mais um representante do Oeste também emplacou de vice: Casildo Maldaner, eleito com Pedro Ivo Campos.
Lembrando que Amin era da Grande Florianópolis e Pedro Ivo, embora nascido na Capital, concentrou sua carreira política em Joinville, Norte do Estado. Depois, em 1990, foi a vez de Vilson Kleinübing, que fez política no Oeste, em Videira, mas era natural do Rio Grande do Sul.
Em 1994, Paulo Afonso Vieira. Ele é natural do Piauí, no Nordeste brasileiro, mas fez trajetória profissional e política entre o Planalto Norte e a Grande Florianópolis.
Quatro anos depois, em 1998, a história registrou o retorno de Esperidião Amin.
Norte
Em 2002, a vitória foi de Luiz Henrique da Silveira. Ele nasceu em Blumenau, estudou em Florianópolis, mas alicerçou sua vida pessoal e política em Joinville. LHS acabou reeleito em 2006. Nas duas eleições seguintes, 2010 e 2014, quem se elegeu governador foi o lageano Raimundo Colombo.
Ilustre desconhecido
Em 2018, Carlos Moisés da Silva, natural de Florianópolis, um bombeiro militar radicado em Tubarão, no Sul do Estado, chegou lá pela onda Bolsonaro.
Somente em 2022 é que se registrou a eleição do primeiro representante do grande Oeste catarinense:
o atual governador Jorginho Mello, do PL.
Isso depois de 40 anos de eleições.
Novo Oeste
Em 2026, Santa Catarina pode estar presenciando um protagonismo absoluto da região Oeste. Tudo leva a crer que todos os candidatos tenham raízes oestinas. A começar por Jorginho Mello, candidato natural à recondução.
Balança
João Rodrigues, prefeito de Chapecó, ameaça com uma candidatura que até hoje não conseguiu ficar de pé. Mas está posta sua pré-candidatura pelo PSD. Ela balança, balança, mas ainda não caiu. Bem ao estilo do antigo brinquedo que chamávamos de João Bobo.
Vermelhada
No PT, tudo indica que haverá mudanças. Na cabeça de chapa não estará Décio Lima. Se for ele, seria a terceira vez consecutiva.
O vermelho, em 2022, conseguiu carimbar o passaporte ao segundo turno pela primeira vez na história do PT e da esquerda em Santa Catarina.
Dom da direita
Graças, evidentemente, à pulverização dos votos da direita. Foram cinco candidatos não extremistas de esquerda:
Jorginho Mello, Esperidião Amin, Gean Loureiro, Moisés (candidato à reeleição) e Odair Tramontin.
Câmara Alta
Nesse contexto, Décio Lima deve tentar uma das duas vagas ao Senado, na expectativa de correr por fora e beliscar o segundo voto.
Segunda vaga
Havendo pulverização de candidaturas ao Senado no campo conservador, Décio pode até ter chances. E quem seria o candidato do PT ao governo? O líder da bancada na Assembleia e recém-eleito presidente estadual do partido, o deputado Fabiano da Luz.
Regional
E de onde ele é? Do Oeste catarinense. Pode ainda haver uma quarta candidatura ao governo, condicionada à segunda, que seria do advogado Ralf Zimmer Júnior.
Metralhadora
Ele disputou em 2022 e emparedou Gean Loureiro e Carlos Moisés nos debates — destruiu os dois, literalmente.
Ralf tem desenvoltura verbal e agilidade mental.
Vem, João
Sua posição, no momento, é a seguinte: se João Rodrigues vier para a disputa, ele registra a candidatura. Sim, porque Ralf Zimmer anseia por homenagear João Rodrigues, assim como fez com Carlos Moisés e Gean Loureiro.
Detalhe final: adivinhem onde nasceu o possível quarto candidato ao governo catarinense?
Sim, no Oeste do Estado. Chapecó.