A próxima semana será decisiva para o futuro do pacote do prefeito Antídio Lunelli (PMDB). A crise econômica e o desemprego fazem com que as medidas de contenção de gastos sejam entendidas como necessárias. O que a tesourada deve alcançar, entretanto, é motivo de discórdia. Em defesa da sua administração e contrapondo uma das críticas dos servidores e da classe artística, Lunelli afirma que faz o governo mais enxuto da história de Jaraguá do Sul. São 73 cargos políticos ocupados.
“Esse pessoal é necessário para dar ritmo à administração”, reafirma. E neste clima de acirramento, a próxima semana promete ser decisiva para o futuro do pacote, chamado de reequilíbrio financeiro pelo governo, e de maldade pelos servidores. A previsão é de que na Quarta-feira de Cinzas, coincidentemente dia de jejum e sacrifício para os cristãos, a Câmara coloque o projeto de lei em votação. A Casa deve estar cheia como aconteceu na quinta-feira.
Base de Plantão
O carnaval vai ser de expectativa entre a base aliada do prefeito Antídio Lunelli. O staff do governo já criou o lema do bloco: unidos venceremos. Mas os servidores vão pressionar até o último segundo. O movimento pode se acirrar como aconteceu em Florianópolis: foram quase 40 dias de greve.
Jaraguá pode sair da Anvali
Ainda não é oficial, mas a Prefeitura de Jaraguá do Sul pode deixar de fazer parte da Amvali. O custo para o maior município da região é de R$ 500 mil por ano, o que neste momento de crise tem sido considerado um exagero pelo governo.
Não precisa…
É perfeitamente razoável e até coerente que como líder de governo Marcelindo Gruner (PTB) seja o primeiro a defender o pacote de cortes do Executivo. O que não pode é o parlamentar usar a tribuna para desferir xingamentos e palavrões. Isso só serve para gerar um clima ainda mais bélico em uma situação que já é difícil. O debate tem que ser de ideias, sem desrespeito.