Um dia a casa cai – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

31/08/2023 - 06:08

Antes de entrar na arena lodosa do assunto de hoje, leitora, faço uma pergunta: o que é poder? Será que é assumir cargos públicos, ganhar eleições, acumular dinheiro no banco, pintar e bordar como um idiota? Não, isso nunca configurou poder, isso configura ou oportunismo ou não se ter achado na vida… Poder é ter uma cabeça arejada, ilustrada por longos conhecimentos acumulados ao longo da vida, poder é não baixar a cabeça para os “vazios” da vida, esses tipos que andam por aí, maioria escaldante, se achando poderosos ou no poder. Aliás, falando nisso lembro-me de um colega, jornalista, que não estava numa boa em certo momento de sua vida quando foi convidado por um político para servir-lhe como um dos assessores em Brasília. O colega não pensou, foi. Curto tempo depois estava de volta e me contou que não deu para aguentar tantas coisas levianas ou “desagradáveis” que ele devia fazer. Dou estas voltas para chegar ao ponto de hoje. Ninguém tem o “poder” de nos tirar dos trilhos da ética, da decência sem que concordemos. E a partir do momento em que concordamos passamos a ser iguais, sem queixumes mais tarde. Estou acompanhando a encrenca em que se meteu um graduado militar brasileiro a partir do momento em que aceitou ser “mandado” por um prepotente e fora dos trilhos… O militar está encrencado. E dia destes, seu advogado fez uma frase de defesa que em absoluto serve para justificar o que foi feito pelo militar. O advogado disse que – “Ajudantes militares cumprem ordens ilegais ou injustas dos chefes por causa da obediência hierárquica…”. Negativo, negativo mesmo. Primeiro que o tal chefe era um nada, sem hierarquia, ocupava um posto transitório, com hora para acabar. Acabou. Ademais, sem essa de que um “inferior” hierárquico tem que cumprir ordens fora da lei, fora da decência, de um superior (nada superior) hierárquico. Militares devem saber dos ditames do nosso magnífico Duque de Caxias, patrono do Exército Brasileiro. Caxias gritava para o Brasil ouvir – “É fácil comandar homens livres, basta-lhes mostrar o caminho do dever”. Será que algum militar não sabe disso? Nada na vida nos justifica fazer o indevido. Se alguém nos pressionar é dar o troco na hora, cair fora e mandar o safado lamber sabão. Sonsos dos interesses. Dos interesses só pessoais.

SONO

Se fosse feita uma pesquisa cuja pergunta básica fosse – O que você prefere, dormir bem ou ter dinheiro no banco? A desajuizada maioria diria: – “Ah, ter dinheiro no banco, no sono eu dou um jeito”! Não, não dá. E sem um bom sono a saúde se arrebenta e a pessoa vai morrer mais cedo. Certeza científica. Não vamos longe, há milhões de “ingênuos” se entupindo de comprimidos para dormir. Coitados. Ah, e muitos com dinheiro sobrando no banco…

NAMORO

Certa gente merece pua mesmo… Manchete: – “Apps de namoro: benção ou maldição”? Era a manchete que abria a história de um sujeito em São Paulo que foi sequestrado, apanhou e teve muito dinheiro roubado. Agora, me diga se tem cabimento nos dias de hoje alguém sair de casa, ir lá para os cafundós encontrar uma namorada de aplicativo? Levianos – ou ignorantes? – sempre pagam por essa desatenção. Aliás, namorar por aplicativo já revela os tipos…

FALTA DIZER

Primeiro encontro? Seja com quem for, tem que ser num shopping e ao meio-dia, com toda a cidade por perto. Como é que nos dias de hoje ainda existem ingênuos, na verdade desesperados, que namoram por aplicativos e vão para encontros em cantos escuros? Engulam em seco!

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.