Diz o ditado que uma imagem vale muito mais do que mil palavras. Isso ficou patenteado, caracterizado, no 7 de setembro, em Florianópolis, quando, pela primeira vez, juntos, apareceram Jorginho Mello e Carlos Bolsonaro.
É a confirmação de que ambos estarão juntos na chapa majoritária do PL ano que vem. Carlos, como candidato ao Senado, e Jorginho liderando a chapa majoritária no projeto de reeleição. Lá estava também Jair Renan, o 04, que será candidato a deputado federal.
Assim como Carluxo, há mais de 20 anos vereador do Rio de Janeiro, Renan está cumprindo seu primeiro mandato na Câmara de Balneário Camboriú. Jorginho Mello, literalmente, apareceu entre dois dos quatro filhos de Jair Bolsonaro. E assim será a campanha.
O governador de Santa Catarina está mais atrelado a Jair Bolsonaro do que nunca. Em 2022, Bolsonaro indicou seu secretário da Pesca, Jorge Seif, para formar dobradinha com Jorginho, o que contribuiu para que ele carimbasse o passaporte em direção ao segundo turno.
Vagas
Contra Décio Lima, do PT, apoiado por toda a esquerda. A chegada de Seif, à época, custou caro, porque o então senador e candidato ao governo perdeu o então deputado estadual Kennedy Nunes, do PTB, que já havia sido confirmado como seu candidato ao Senado.
Outro barco
Jorginho o convidou para vice. Kennedy declinou e acabou concorrendo na companhia do senador Esperidião Amin, que também disputou o governo. O ex-deputado hoje é secretário-chefe da Casa Civil de Jorginho Mello.
Sangue
Então, em 2026, o nome que vem de cima não será o 06, como foi Seif, mas o 02, que tem o mesmo sobrenome do ex-presidente da República.
Ônus e bônus
Pode ser um bônus a Jorginho. A presença do vereador carioca, contudo, restringe consideravelmente os espaços na majoritária, na medida em que uma vaga terá que ficar com Esperidião Amin, que é o nome da Federação União Progressista na aliança com Jorginho Mello.
Projeto
Nesse caso, Carol De Toni vai aceitar uma candidatura à reeleição à Câmara ou, lá à frente, vai se desfiliar na janela de março e buscar abrigo em outro partido para concorrer ao Senado? É aí que reside o risco da coligação pilotada por Jorginho não eleger os dois senadores.
Será?
Pesquisas já sinalizam que Carlos Bolsonaro disparou. Estaria com 45% das intenções de voto. Imperioso, no entanto, observar com um certo cuidado essas pesquisas açodadas e, talvez, não tão bem formuladas.
Passaporte
Mas, de qualquer maneira, tudo leva a crer que o filho de Bolsonaro, mesmo caindo em Santa Catarina de paraquedas, se eleja senador.
Pulverizando
Uma vez confirmada, também, a candidatura de De Toni por outra sigla, a situação do senador Esperidião Amin torna-se desafiadora.
Topo
Não resta a menor dúvida que se constitui, hoje, no mais completo dos 81 senadores da República. Mas não podemos ignorar o fato de que, em 2026, se completarão 48 anos do seu primeiro mandato eletivo. Em 1978, o hoje senador se elegeu deputado federal com 72 mil votos.
Desafio
De modo que o eleitorado de Esperidião Amin substancialmente envelheceu, e isso pode implicar, sem dúvida nenhuma, numa disputa ao Senado bastante difícil para ele.
Mas, evidentemente, muita água ainda para rolar por debaixo da ponte, afinal, ainda estamos no mês de setembro, a mais de um ano das eleições.