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Trocar de nome – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

15/07/2025 - 08:07

Você sabe que gosto de frases, nem preciso lembrar da minha caixa de sapato cheia delas. Faz tempo que leio e recorto frases de jornal, afinal, você sabe: quem lê sabe, quem lê jornal sabe mais… Uma dessas frases é atribuída ao cangaceiro nordestino Virgulino Lampião. Virgulino dizia que “Quem tem medo se enterra vivo”. Sem discussão. O medo, quando vago e impreciso, é o pior dos entraves na vida. E quem não sabe que a vida é um campo minado, mais perigoso que uma arena de guerra? Ah, e antes de entrar no assunto, é bom lembrar, outra vez, que o nosso nome quem o faz somos nós, mesmo que nossa “origem”, família, nunca tenha prestado. Com isso quero dizer que mesmo herdando um sobrenome que hoje nos incomoda é de nossa alçada “mudá-lo” para melhor sem precisar mudá-lo. Explico. Agora entrou na moda uma pessoa frustrada, cheia de ranços na vida achar que é o sobrenome que a incomoda. E o que ela faz? Procura um embusteiro chamado “numerólogo” e o embusteiro lhe sugere acrescentar ou tirar alguma letra do sobrenome. Conheço gente com o sobrenome de origem holandesa, Prates, trocando para Prattes, com dois “tês”. E acham, esses manés, que vão mudar a sorte, a vida, que serão outras, novas e bem-sucedidas pessoas depois disso. E agora, por estes dias, uma famosa das novelas da Globo fez a mesma coisa. Ela tem um sobrenome alemão e acrescentou ao sobrenome mais um “eme”… E deve estar achando que agora sim, agora ela vai deslanchar. É bom não esquecer que “a predisposição altera a percepção”. Se eu passar a crer que ter uma moeda de um Real no bolso vai me dar sorte, vou passar a ver as coisas de outro modo, geralmente para melhor. Mas não é a moedinha que me vai mudar a vida, é a minha cabeça. E para mudar a vida não precisamos de nada senão de uma cabeça arejada. Mas como poucos têm cabeça arejada, a saída que acham é jogar com truques mentais fajutos. O medo, a insegurança, os fracassos não no vêm do sobrenome, vêm das nossas fragilidades e inseguranças. Mas podemos e devemos chutá-las para longe, afinal, só se vive uma vez. E sem coragem, melhor não ter nascido.

ACORDEM

Isso mesmo, acordem, gurias e guris. Não fiquem nessa bobagem de achar que tecnologias vão acabar com o trabalho até hoje indispensável às pessoas e à sociedade. Acabo de ler, jornal paulista, que – “Os mais jovens, além de lidar melhor com a tecnologia, desafiam as gerações anteriores, que foram moldadas a ter o trabalho e a carreira como ponto alto da vida”. Severa ignorância, vão afundar na vida desprezando o trabalho apaixonado. Vadiagem ou ignorância?

CRUEL

A Psicologia é cruel, ela não perdoa nem o Papa, imagino… Ouça esta: – “A raiva e a ansiedade produzem sucos gástricos que como não tendo alimentos para digerir, corroem as paredes do estômago, produzindo, entre outros males, gastrite e úlceras”. Essa verdade é um pingo no oceano das verdades sobre nossas vivências emocionais disfarçadas, escondidas. O pior de tudo? É que poucos acreditam nisso.

FALTA DIZER

O Apocalipse está chegando. Acabo de ler: – “Novos cargos têm surgido no mercado de trabalho dos Estados Unidos, como o “Chief Happiness Officer”, isto é, Diretor de Felicidade. Um Diretor de Felicidade deve ser um cara muito feliz… As cabeças estonteadas estão em maioria e produzindo essa epidemia mundial: a das loucuras. Mas fique claro, o problema não é o salário…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.