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Trânsito: pontos cegos, riscos visíveis e vidas à margem do retrovisor

Por: Editorial

02/08/2025 - 06:08

A sucessão de acidentes de trânsito em Jaraguá do Sul, lança um alerta vigoroso sobre os riscos associados aos ‘pontos cegos’ nos veículos, sobretudo ônibus. Esses espaços invisíveis ao motorista, especialmente nas laterais, traseira e próximos à parte frontal baixa, são causadores recorrentes de colisões graves com pedestres, ciclistas ou motociclistas.

É inaceitável que vidas continuem sendo ceifadas por falhas evitáveis. São vítimas que nem sempre percebem o perigo e cujas famílias convivem com um trauma irreparável. Agindo com rigor e firmeza, os setores público e privado devem investir na prevenção, implementando protocolos obrigatórios de checagem visual antes de manobras, restrição de circulação residencial em áreas de risco, e campanhas educativas regulares.

As tecnologias modernas já oferecem soluções eficazes: sistemas de câmeras de 360 graus, sensores de proximidade, radar lateral e alarmes de aproximação de pessoas e objetos. Veículos equipados com sensores térmicos ou visuais representam um salto qualitativo na capacidade de prevenir acidentes. Já, programas de monitoramento contínuo da frota, permitem registrar e corrigir condutas inseguras por motoristas.

No Brasil, iniciativas como a formação de motoristas para reconhecimento dos pontos cegos já se mostram exitosas em cidades como Manaus, servindo de modelo nacional. Tais ações educativas, aumentam a percepção do motorista sobre o risco e reforçam uma cultura de atenção constante. Com apoio do poder público, essas formações devem se tornar obrigatórias para renovação de habilitação de motoristas profissionais, entre outras ações preventivas.

Por fim, é imperativo envolver a comunidade: campanhas de educação no trânsito, com foco nas zonas de risco e na condição de vulnerabilidade dos ciclistas e pedestres, podem salvar vidas.

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