Vamos imaginar, leitora, que você num sábado à tarde precisasse comprar uma lata de azeite, mas… O supermercado estaria fechado. E você, leitor, precisasse comprar carne para o churrasco do domingo, mas o açougue estivesse fechado. Ainda dessa loucura, vamos imaginar que a leitora precisasse de um remédio no domingo, mas… A farmácia estaria fechada. O leitor quisesse comprar um jornal, porém… A banca estaria fechada. Como seria nossa vida social com o comércio fechado nas sextas-feiras, nos sábados e nos domingos? Uma loucura, uma falência generalizada, pois não? Pois é isso o que uma deputada federal está propondo. Ela é contra o que ela chama de 6×1, isto é, seis dias trabalhados por um dia de folga. Ela quer apenas quatro dias de trabalho por semana e três de folga. Como é que o comércio sobreviveria? Seria preciso dobrar o número de funcionários, elevar às nuvens os gastos e repassar toda essa diferença para o bolso do consumidor sem defesa: o povo. Tal tipo de proposta é mais que uma insanidade, é um desrespeito à democracia capitalista, a melhor de todas, senão a única… Cumprimentar com o chapéu alheio, “senhora” deputada, é muito fácil, duvido que a senhora seja empresária, duvido. E usar do argumento de que as pessoas andam adoecendo em razão do excesso de trabalho não é verdade. O trabalho não nos adoece, o que nos adoece e estafa é a cabeça vadia ou a vivência familiar, mais que tudo. São as loucuras pessoais e as frustradas e nocivas vivências em família que estão adoecendo muita gente, não o trabalho. E se houver alguma dúvida é só fazer uma pesquisa com os desempregados, pessoas éticas: querem trabalhar num 6 por 1 ou querem continuar coçando as virilhas em casa? Ser bonzinho administrando negócios alheios é fácil, é uma história em quadrinhos. A luta tem que ser, “senhora deputada” pela qualificação profissional dos falsos profissionais do mercado, a maioria. Ver o emprego como um antro de inimigos e local de estresse é fuga, é despiste; os competentes, os motivados da vida vêem o trabalho como a escada para a felicidade. Claro que esse Projeto de Emenda Constitucional visando a reduzir a jornada de trabalho para apenas quatro dias vai acabar na lixeira, nem vou falar de quem o sugere… Bah!
MODA
A moda em muitos encontros que eram para sérios agora é circense. Acabei de ver um anúncio de um Fórum de Empreendedorismo, Florianópolis, em que os participantes e palestrantes aparecem cantando, rindo, dançando, braços para cima, um circo dos bem pobres, mas… É o que os sem talentos podem fazer e os levianos querem ver e ouvir. Será que tal tipo de palhaçaria faria sucesso no Japão? No Brasil é promoção de dinheiristas para platéias circenses. É a moda. S.O.S.!
AJUDAS
Coisa triste é saber que, comprovadamente, quanto mais ajudamos pessoas mais ficamos sozinhos ou “esquecidos”. Mesmo dentro das famílias são poucos os que reconhecem uma eventual ajuda e mais tarde se manifestam pessoas gratas. Raríssimo. Você ajuda e mais tarde vai receber um “tapa” como agradecimento. Infelizmente, são raros os gratos, talvez porque ser ajudado provoque um sentimento de inferioridade. Na verdade, a inferioridade está na cabeça ingrata. Que os ajudados acordem!
FALTA DIZER
Há quem diga que não devemos sonhar com o impossível. Emocionalmente, discordo! Sonhar com o, sabidamente, impossível anestesia-nos do cotidiano das angústias e quedas. Somos livres para sonhar, sonhar e lutar, antes de tudo, pelo possível e, anestesicamente, com o impossível. Faz bem. Acordei…