Já disse isso e quase apanhei, em família. Disse que se ganhasse na Mega-Sena ia fazer alguns pacotinhos de 50 mil reais e dar a algumas pessoas. Nunca digo quem são elas, mas daria. E também penso em alguma coisa fora da casinha: se ganhasse mesmo na Mega-Sena, penso, faria um concurso. Alguma coisa que exigisse “pontualidade” dos participantes, quem chegasse na hora certa ganharia um bom dinheiro. E por que eu faria esse “concurso”? Apenas para confirmar o que tenho na cabeça: só chegam atrasados, seja no que for, os irresponsáveis, os que estão nem aí para o compromisso. Tipo, por exemplo, os vadios, os “coitadinhos” que chegam atrasados para as provas do Enem. Ou será que alguém preparado, motivado, ardendo por um bom resultado se atrasaria? Quem se atrasa são os enganadores da torcida. Dia destes, uma amiga me ligou. Não tinha uma razão especial para me ligar, mas ligou, queria conversar. – Ah, que bom! Sempre é bom ouvir os amigos, e mais ainda quando eles nos procuram para um alívio. Lá pelas tantas na conversa com a amiga, ela suspirou: – “Ai, Prates, não ando vendo graça em nada”! Quem não vê graça em nada se atrasa para tudo e não sai da cama pela manhã respirando o ar fresco de uma motivação. Quando entramos numa rotina que não é outra coisa senão rotina, bufamos, cansamos, nos atrasamos, afinal, não estamos energizados para horários e compromissos. Mais uma vez a velha história de termos algo para fazer de modo incondicional, por nenhuma outra razão senão uma razão pessoal, um encantamento. Esta semana li uma reportagem num jornal de São Paulo em que um psiquiatra dizia que as inquietações emocionais, as doenças mentais estão começando em torno dos 14 anos dos jovens. Erro crasso, senhor! Quando os sintomas aparecem, eles são conseqüência de um longo e silencioso crescimento das raízes inconscientes de um mal-estar emocional. Coisa que vêm lá de baixo, da infância. As crianças têm seus motivos saudáveis na vida por que lutar. As circunstâncias familiares é que podem lhes impedir de crescer saudáveis. E na vida adulta quando parecemos desmotivados é por medo ou porque alguém nos segura pelo pescoço… Todos temos a liberdade e as asas de um sonho para nos fazer voar. Mas precisamos de consciência e ações…
PRESENTES
A grande maioria vê o Natal como uma inquietação financeira. É preciso dar um presente para cada um em casa, pai, mãe, irmãos, avós, marido, mulher, uma fila. Muita gente. E nós temos a mania de nos “exibir” com os presentes. O presente de Natal tem que ser meramente um símbolo, daí que fazer um “amigo secreto” é bom negócio. Os presentes não podem passar de R$ 150,00. Certo? Certo uma ova, isso é para pobres. Então, é danar-se nas dívidas e entrar o ano novo atolado. Liberdade total.
COITADOS
A solidão, o desespero emocional toma conta das multidões. O negócio é não ser bobo e sair a “procurar” por amor. Acabo ver uma linda mulher num anúncio de site de amor, dizia: – “Solteiros seniores (idosos) em busca de amor”. Já disse, amor não se procura, acontece. Ademais, entrou nessa, o tolo vai acabar assaltado. Ou “saqueado”…
FALTA DIZER
Está virando moda, para os equilibrados sempre foi… Ouça: – “Ultrarricos gastam fortunas para levar vida de luxo reservada”. Isso nos Estados Unidos. Não querem saber de exibições. Concordo, se o sujeito tem muito dinheiro por que se exibir? O melhor é viver, sem “ruídos, os dos frustrados invejosos.