A semana política em Santa Catarina estará toda voltada para a Assembleia, onde os parlamentares vão apreciar muitos dos projetos encaminhados pelo governador Jorginho Mello. No pacotaço que aterrissou no Legislativo estadual, com 58 iniciativas, 31 delas vão merecer a apreciação e votação dos 40 deputados. Outras 27 matérias vão ficar para depois do recesso, para o segundo semestre, até para que o Legislativo não se pronuncie em torno de 100% das propostas do Centro Administrativo. Desses 31 projetos, a esmagadora maioria será aprovada. Já os outros 27 vão exigir uma negociação mais detalhada. E aí entra também toda a questão política, em que os parlamentares, naturalmente, vão querer se valorizar e ter uma contrapartida administrativa em atendimento de suas bases eleitorais.
Ambiente
Afinal de contas, o mundo político já respira o clima pré-eleitoral e muitos deles são candidatos à reeleição ou a outro mandato eletivo. Como a concorrência sempre é pesada sob o aspecto da disputa eleitoral, claro que os parlamentares desejam se cacifar.
Republicano
Ou seja, nem resolveram sentar em cima e nem resolveram aprovar tudo. Buscaram o meio-termo. O presidente Júlio Garcia deixou muito claro que não pretende misturar o componente partidário do ano vindouro com as matérias de cunho administrativo.
Correligionários
Júlio Garcia é correligionário de João Rodrigues, que é o adversário direto de Jorginho Mello na disputa pelo governo, uma vez confirmada, consolidada e homologada a candidatura do prefeito de Chapecó até 5 de agosto do ano que vem. Aliás, há duas semanas que ele não deu mais o ar de sua graça. Jorginho Mello, naturalmente, no exercício do cargo de governador, continua nadando de braçadas em relação ao projeto de reeleição.
Gelo
Até porque a conversa também gira em torno de Carlos Bolsonaro. Ele poderia vir a concorrer ao Senado em Santa Catarina, especulação que deu uma bela esfriada. Nada mais se falou. Talvez pelo sentimento de que a repercussão não foi nada favorável.
Sinais
O assunto arrefeceu antes mesmo das pesquisas sinalizarem. Foi pelo sentimento comum mesmo de que essa ideia maluca não daria certo. Aí entra um outro ingrediente, porque, com a hipotética vinda de Carluxo, partiu-se da premissa de que alguém ficaria sem vaga na majoritária, especialmente Esperidião Amin, o que poderia levar a União Progressista, reunindo o PP e União Brasil, para o colo de João Rodrigues.
Guilhotina
Mas, talvez, não seja nada disso. Quem poderia vir a perder a vaga seria a deputada federal Caroline De Toni, até para fortalecer a aliança. Isso tudo contando que Carlos Bolsonaro estará elegível, o que é, definitivamente, uma possibilidade remotíssima.
Família
Não só para ele, quanto para o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Tudo leva a crer que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), eivado de influência politiqueira, deixará metade da família inelegível e a outra metade, liberada.
Dupla
Os dois que estariam em condições de concorrer às eleições, sem fazer companhia ao inelegível Jair Bolsonaro, seriam o senador Flávio Bolsonaro, que vai à reeleição ao Senado pelo Rio de Janeiro, e a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro, que tem tudo para concorrer ao Senado pelo Distrito Federal.