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Tirar ou pôr a fantasia? – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

12/11/2024 - 07:11

Vou começar nossa conversa com um assunto asqueroso. Muitas mulheres, forçadas por amigos, vão à delegacia denunciar o marido que as surrou. Todavia, ao contar da história ao delegado, elas dizem que o marido só fica violento quanto bebe. Bolas, já falei disso aqui, a bebida, a droga, o feitiço, o que for, não nos muda, nos reforça o caráter, isso sim. Há muito anos ouvi uma frase e não a esqueci, a frase diz que – “A fantasia é um troço que o cara tira no carnaval”. Perfeito. A fantasia costuma ser o que de fato somos, mas disfarçamos, fingimos estar brincando. Não vamos longe, num passado não remoto as pessoas vestiam no carnaval o que elas eram, no dia a dia, escondidas. O carnaval lhes abria a porta para vestir a fantasia do que as pessoas eram por dentro, mas escondiam… O carnaval lhes era uma libertação geral. Voltando ao assunto, somos máscaras, haja vista que a palavra personalidade, o que somos por fora, vem do Latim, “persona”, que significa máscara. Resulta dessa verdade a necessidade que temos de abrir os olhos antes de fazer negócios, antes de crer em quem está à nossa frente e, mais que tudo, casar. Ele é o que parece? E ela? Claro que não, podem ser alguma coisa do que parecem, mas não o serão por inteiro, a máscara social os escondem… Agora, tem uma coisa, sem essa máscara social, sem esse teatro que fazemos todos os dias não haveria mais vida social. É difícil aceitar: não somos o que parecemos ser, nem para nós mesmos. Somos uns carnavalescos da vida, porém, é o que nos salva e preserva a sociedade. Tudo bem, não somos o que parecemos ser, mas que sejamos defeituosos nos secundários, jamais nos fundamentais. E que elas não me venham mais com a falsa ingenuidade de que o vagabundo só fica violento quando bebe. Mais das vezes, o covarde bebe intencionalmente para ficar “mais” violento e agir como ele é, mas que no comum dos dias esconde. “Fala, se queres que te conheça” seria a melhor das bússolas de caráter, todavia é para bem poucos saber usá-la.

SABEDORIA

Muitos confundem sabedoria com conhecimentos. Conhecimentos qualquer um pode acumular lendo e estudando, já sabedoria é saber fazer bom uso dos éticos valores que nos passam pelos olhos, ouvidos e alma. Só ler e reproduzir as leituras qualquer um pode fazer. Ser sábio já exige um pé fora do acelerador das ânsias e usar da calma do bem pensar. Os sábios não precisam levar um tombo para aprender a não cair, aprendem com o tombo dos outros. Sabedoria.

LEIS

A frase vem do tempo do império romano, mas pensando bem a frase deve ser brasileira. Diz assim a frase: – “As leis são teias de aranha pelas quais as moscas grandes passam e as pequenas ficam presas”. Ah, a frase é brasileira, sem dúvida, afinal, quem não sabe que aqui os ordinários, os endinheirados ou os que na política se acham alguma coisa passam batendo as mãos pelas leis? Enquanto o povo não acordar vai continuar assim, porém, não se iludam, a contagem regressiva está acelerada. Vai ser um bafo…!

FALTA DIZER

Cantores com voz, não há mais. Músicas com poesia e encantos, sumiram. E assim com tudo. Você liga a tevê, repórteres com voz de criança, inseguros, malvestidos, pintados pelo corpo, nada que possa servir de exemplo para os que os assistem. E na política? Aí o assunto é com os delegados.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.