A enxaqueca é a segunda doença mais incapacitante do mundo em indivíduos com mais de 50 anos, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). E a primeira causa em jovens com menos de 50 anos de idade. Estima-se que mais de 30 milhões de brasileiros sofram dessa enfermidade. A intensidade da dor varia de moderada a forte, caráter latejante, localizada de um só lado da cabeça, duração de 4h a 3 dias, e piora com o esforço físico. Além da dor de cabeça, ocorrem outros sintomas como intolerância à luz, barulho, irritabilidade, dificuldade de concentração, náuseas e até vômitos.
Em indivíduos que sofrem com a doença, as crises podem ser desencadeadas por fatores como estresse, privação ou excesso de sono, alimentação irregular, mudanças bruscas de temperatura ou da pressão atmosférica, atividades intensas ou variações dos níveis hormonais (como na menstruação).
A enxaqueca é chamada de crônica quando existe dor de cabeça em pelo menos 15 dias por mês durante 3 meses, sendo em muitos casos uma dor praticamente constante. A enxaqueca não inicia de forma crônica, ela evolui de episódica para crônica, e essa piora na frequência das dores na maioria das vezes ocorre pelo uso excessivo de analgésicos comuns. No início essas medicações aliviam, até que pelo uso excessivo deixam de ser eficazes, e torna-se necessário o uso várias vezes ao dia, mais de um comprimido por vez. O organismo fica dependente da medicação para ter um pequeno alívio das dores, e não fazem mais o efeito inicial. Por esse efeito prejudicial é preciso controlar o uso de analgésicos para que o quadro não piore.
Quando as dores se tornam muito frequentes, ou até constantes, e impactam demais a qualidade de vida há indicação do tratamento preventivo. Tratamento este que diferentemente do analgésico tomado apenas no momento da dor, as medicações são usadas de forma regular, para prevenir e tratar as dores de cabeça, reduzindo a frequência que as dores ocorrem, os sintomas associados, a intensidade das dores e a duração.
Existem várias opções de tratamentos preventivos, dentre eles medicações tradicionais, e as terapias complementares integrativas que irei abordar neste texto. Entende-se por terapias alternativas todo o tipo de tratamento não convencional. Isso engloba o uso de remédios fitoterápicos (derivados de plantas) e naturais (substâncias extraídas da natureza em sua forma bruta e usadas como medicamento), nutracêuticos (suplementos em doses terapêuticas) além de práticas baseadas no corpo e na mente. O SUS oferece hoje, gratuitamente, 29 Práticas Integrativas e Complementares, disponibilidade a depender da região.
Terapias que podem ser usadas no tratamento complementar da dor de cabeça
Acupuntura: estimula pontos espalhados por todo o corpo por meio da inserção de finas agulhas. Pode ajudar consideravelmente no tratamento da enxaqueca porque modula os nervos periféricos do crânio.
Aromaterapia: prática que visa utilizar a propriedade de óleos essenciais para recuperar o equilíbrio do organismo. Principalmente óleos essenciais de hortelã-pimenta e cúrcuma aliviam a dor de cabeça.
Exercícios físicos: a prática regular, pelo menos 150 minutos por semana, tem comprovação científica que corrobora para o controle de dores crônicas, pela liberação de beta endorfinas, analgésicos que produzimos naturalmente. Além disso ajuda no controle do peso, é essencial combater a obesidade para o controle da Enxaqueca. Especialmente os exercícios aeróbios como caminhada e natação são os mais eficazes para o auxílio no tratamento da doença.
Ioga: Ao corrigir a postura, relaxar os músculos, regular o sistema circulatório, tende, a reduzir e prevenir crises.
Meditação: A paz interna é um excelente remédio para evitar a dor de cabeça. A meditação reduz a ansiedade, melhora a qualidade do sono, relaxa a musculatura, reduz o estresse e ativa a circulação
Fisioterapia: Recomenda-se a fisioterapia quando a dor de cabeça está associada a tensão e dor da região cervical. A prática auxilia a reduzir a rigidez que a cefaleia causa nos músculos do pescoço.
É bom esclarecer que não se trata de excluir o uso das medicações tradicionais, mas de complementar o tratamento. Em alguns casos, a utilização de práticas integrativas e complementares dentro de uma visão ampliada de saúde, junto a orientações de mudanças de hábitos é o suficiente para aliviar as dores. Em outros casos, de enxaqueca mais grave, será necessária a associação de fármacos tradicionais para o efetivo controle e prevenção das dores.[
Onde encontrar:
Dra. Erika Tavares – Neurologista – CRM SC 30733 | RQE 20463
Consultório: R. João Planincheck, 618 – Nova Brasília, Jaraguá do Sul – SC
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