Somos nós os agentes ativos de transformação da nossa própria historia

Foto: Freepik

Por: Andreia Chiavini

19/04/2024 - 09:04 - Atualizada em: 19/04/2024 - 16:23

Será que fazer escolhas por vontade própria, sem qualquer influência, é uma ilusão? Para o neurologista americano Robert Sapolsku, professor de Biologia e Neurologia da Universidade de Stanford, nos EUA, o livre-arbitrio é uma ilusão, e é até libertador acreditar que não somos os donos do nosso destino.

Tudo acontece porque somos a soma do que não podemos controlar. Trazemos em nosso DNA marcas de vivencias dos antepassados e seguimos o nosso destino determinado, por algo que aconteceu antes, que, por sua vez, é determinado por algo que ocorreu antes disso, numa longa cadeia.

Ou seja, tudo está determinado e não temos controle de mudar o nosso destino. Talvez fosse mais confortável acreditar no determinismo e achar que não somos livres para escolher. Seria uma limitação pessimista.

Afinal, qual seria o sentido de nos esforçarmos para tomar as melhores decisões e buscarmos aprimorar nossa essência se, no final, não somos nem mais nem menos do que a soma do que não podemos controlar: a nossa biologia, o nosso ambiente e a interação entre os dois?

Bem, eu acredito que somos livres, diante do que nos é oferecido para fazermos escolhas e moralmente responsáveis por elas.

Somos nós os agentes ativos de transformação de nossa própria historia. Mesmo quando situações acontecem em nossa vida sem que tenhamos buscado. Mas o que fazer diante dessa situação é uma escolha nossa. Até não escolher nada é uma escolha.

Embora sejamos livres para escolher nosso curso de ação, não somos livres para escolher as consequências de nossas ações. As consequências seguem-se como resultado natural de qualquer escolha que tenhamos feito.

E diante de fazermos escolhas diárias, deixo uma reflexão: “Quando temos saúde, temos vários sonhos, quando a perdemos, temos apenas um sonho”. O futuro é construído todos os dias, por nós mesmos.