AGORA VAI
Ainda ensimesmado e sem credulidade cem por cento, o Presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Moacir Sopelsa (MDB), caso não leve uma “pernada de anão” (nunca trasteje de tal ocorrência), poderá assumir o governo do Estado. Por que a condicionante do termo “poderá”? Porque ainda falta a aquiescência de Daniela Reinehr (PL), a vice-governadora. Caso queira jogar água na fervura do caldeirão do Governador Moisés, o tempo permite.
Vice serve para duas coisas, segundo a lenda:
– Assumir na vacância do cargo;
– Conspirar para assumir.
Desde o início do governo, o titular Moisés (agora no Partido Republicanos) sempre tratou a vice com desdém. Afastado nos dois pedidos de impeachment, a relação piorou e isso se deveu ao fato de Daniela ter acreditado no “canto da sereia” de Gelson Merísio com promessas de assunção em definitivo. Nem o canto e nem a governança, mas a vice é a “primeirinha” na linha sucessória.
CISMA
A inquietação vem da possibilidade de Daniela desistir de uma cadeira na Câmara dos Deputados. Sim! Ela se diz candidata, mas pode desistir e nada impede.
Acontece que o suposto “acolhimento governamental” de Sopelsa está marcado para o dia 3 de setembro e por um período de 60 dias, o que seria uma espécie de licença do governador para cuidar da campanha à reeleição, duríssima, por sinal. Para atrapalhar Moisés e a sua já tempestuosa relação com o MDB, a Vice-Governadora toparia desistir da candidatura? Há quem jure de mãos postas que ela não faria isso. No entanto, os maldosos incentivam e até acenam com um cargo no próximo governo. Querem ver o circo pegar fogo!
EXPOSIÇÃO
Se a modernidade é a nova ferramenta e linguagem da campanha eleitoral de 2022, os pretendentes que se aprumem. Eles que andaram às escondidas desde o pleito de 2018 e o eleitor viu isso, agora estão posando nas redes sociais à caça dos esquecidos. As reações são massacrantes e a depender dos comentários, a frase “fique em casa” será aplicada de modo literal no dia 2 de outubro. Em duas postagens observadas de modo mais atento (onde os candidatos se reapresentam e dizem necessitar do voto), o percentual de rejeição chega a 99,9%. Usando de uma expressão muita conhecida: – Só por Deus!
PARA PENSAR
O eleitor vota num candidato porque ele colocou um carro de som na rua e algum sujeito com voz esganiçada está berrando seu nome e número? É o tal que quer “ganhar o voto no grito”? Analisando cá com meus botões, ponderei:
– A mãe que está com o filho dormindo e o vê acordar com trais grunhidos, certamente não votará.
– Aquela pessoa idosa, repousando para descansar o corpo maltratado pelo tempo, acordada de supetão, com toda certeza, praguejará o candidato.
– O sujeito que está trabalhando arduamente, meio contrariado com as mazelas da vida, impedido inopinadamente de atender a um raro cliente, com toda certeza amaldiçoará o pretendente.
Assim sendo e pensando bem…