Sem trégua, o retorno da Mensageiro – Claudio Prisco Paraíso

Foto: Divulgação

Por: Claudio Prisco Paraíso

01/05/2024 - 06:05 - Atualizada em: 30/04/2024 - 18:04

 

De volta à Operação Mensageiro. Não daria para dizer que ela ressurgiu das cinzas, afinal de contas, tivemos quatro fases no ano passado. Mas com um intervalo de um ano. A quarta etapa ocorreu em abril de 2023.

Agora, já em período pré-eleitoral, veio nova leva de ações policiais e judiciais (importante frisar que as investigações prosseguiram no período e vão continuar), que alcança um deputado estadual do MDB. Emerson Stein teve busca e apreensão em sua residência. A tarrafada também atingiu outro prefeito, igualmente emedebista.

Isso sinaliza muito claramente que a Polícia Civil, o MPSC e a Justiça Estadual não estão de brincadeira e não vão deixar de buscar novas investigações porque o ano é tipicamente eleitoral.
É bom refrescar a memória. Lá atrás, tivemos uma operação, nas suas quatro fases, que praticamente defenestrou 17 prefeitos e um vice. Desses, mais de 90% não reassumiram os cargos.

 

Chicana jurídica

Apenas optaram pela renúncia para que não continuassem a ser processados na segunda instância, na tentativa de escapar de uma condenação e retardar os processos na primeira instância.

 

Batom na cueca

A renúncia caracterizou a confissão desses prefeitos. São licitações fraudulentas e contratos superfaturados na área de recolhimento de lixo, iluminação pública e tratamento de água.

 

Limpeza

É importante saber que essa assepsia, essa limpeza, torna-se indispensável nesse momento. Porque esse escândalo de corrupção na gestão municipal constituiu-se no episódio mais vergonhoso da história de Santa Catarina, envolvendo inúmeros mal feitos.

 

Lei é lei

Portanto, a importância de o Gaeco entrar nesse jogo, independentemente de município, de partido, de orientação ideológica, é necessária uma correção de rota.

 

Chumbo grosso

Pelas informações que chegam, teremos novidades nos próximos meses. O período pré-eleitoral propriamente dito começa a ganhar força em junho, depois, entre julho e agosto, teremos as convenções homologatórias.

 

Janela

A campanha terá um período curto de 45 dias efetivamente. Mas poderemos ter novas fases, novas investigações, prisões, buscas e apreensões que provoquem desdobramentos na corrida eleitoral porque ainda envolvem atuais administradores municipais. Alguns buscando a reeleição e outros atuando na tentativa de fazer o sucessor.

 

Observação

Ou seja, muita gente com as barbas de molho em Santa Catarina porque o retorno da Mensageiro pode produzir contratempos eleitorais que aparentemente estariam fora do radar e poderão produzir mudanças no quadro sucessório municipal.

 

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