Segurança para todos

Por: William Fritzke

02/04/2016 - 04:04 - Atualizada em: 04/04/2016 - 13:29

Leitores e leitoras deste meu espaço aqui no O Correio do Povo, hoje, vou tratar de um assunto importantíssimo, e que, modéstia parte, me identifico e entendo: segurança! Pare e pense: Você está seguro? Você se sente seguro? E não falo aqui da sensação de segurança causada pela atuação excepcional de nossas polícias, mas sim, de um contexto geral. Sua casa é protegida? Seu carro te dá proteção? Até que ponto é fácil um vagabundo identificar sua rotina e te escolher como um novo alvo?

Primeiramente analisemos uma das principais falhas cometidas pelas pessoas: A “superexposição” de suas vidas e rotinas. É extremamente perigoso todas as pessoas que te seguem nas redes sociais, terem uma noção exata, a todo momento, de onde você está, de que horas chega, de que horas costuma voltar, de onde seus filhos estudam. Enfim, são coisas muito simples, mas que fazem uma diferença ampla no fim das contas. Solução para isso? Evite dar dicas de onde você vai, de que horas volta, evite sempre mostrar placas de carro, ou qualquer outra situação que possa simplificar a ação de marginais.

Vamos ao segundo fator: Seu modo de agir. Chegar em casa, abrir o portão e esperar apenas um lambido do cachorro como boas-vindas, não é mais sua única opção. Nesse momento de distração, e de relaxamento, típico de quem está chegando em casa e que pensa: “o pior já passou.” É um ponto fraco das vítimas. Procure sempre mudar seu horário, observe a volta, se desconfiar de algo, faça o mesmo que um piloto de avião quando percebe que não conseguira pousar, arremeta. Não dê sorte para o azar.

E por fim o terceiro fator que não deixou de ser significativo só por estar em terceiro lugar: Como você está sendo protegido? Nós, meros mortais, ainda não dispomos de uma equipe de segurança para nos dar proteção diária. Mas existem pessoas, e profissões, que exigem esse tipo de escolta, para salvaguardar pessoas importantes. Cito nesse caso, os juízes, em especial o mais adorado no Brasil no momento, Sérgio Moro. Imaginem quantas pessoas estão querendo a cabeça do nobre magistrado, que, não dá trégua aos corruptos? Obviamente que é um caso específico de pessoa, ou autoridade, que necessita de apoio especial e especializado. E esse apoio não pode falhar, pois aí observamos uma brecha que pode se tornar fatal.

Indo para os tempos longínquos, observamos dois casos graves de falha na segurança: O atentado do dia 13 de maio de 1981 quando o papa João Paulo II sofreu uma tentativa de assassinato, e um caso ainda mais antigo, porém, pior, que terminou em morte, o tiro fatal disparado em 22 de novembro de 1963 quando John Kennedy foi o alvo. Uma vítima fatal e outra quase, por que? Falhas!
Para encerrar o assunto, trago à tona o último caso grave que envolve a falta de segurança nas instituições. Uma Juíza do Fórum Regional do Butantã viveu momentos de pânico dentro de uma das salas de audiência no último dia 30 de março. Um homem acusado de violência doméstica passou pela segurança, rendeu a juíza e ameaçou queimá-la viva. Após entrar no fórum e atear fogo na entrada do prédio, ele foi confrontado por um segurança que chegou a disparar um tiro, mas não conseguiu pará-lo. Ele correu até o gabinete da juíza, a agarrou pelo pescoço e despejou um produto químico nela. Após negociação com a polícia, ele se entregou. Por pouco ela não foi morta e queimada viva por esse idiota.

Não vamos esperar acontecer o pior para cuidar de nossa segurança. Os casos falam por si e as experiências demonstram que: Todo cuidado é pouco!