Antídio Aleixo Lunelli – Deputado Estadual
Jaraguá do Sul foi destaque em todo o estado esta semana graças a uma operação de sucesso da nossa valorosa Polícia Militar. Em apenas duas horas, os policiais conseguiram recuperar nove veículos roubados, dando uma resposta imediata à criminalidade. Essa eficiência não é novidade: é mais uma prova de que em Santa Catarina bandido não tem vez. E também revela uma das razões pelas quais Jaraguá do Sul segue sendo reconhecida como a cidade mais segura do Brasil.
Parabenizo publicamente o comandante João Carlos Benassi Borges Kuze e todos os policiais envolvidos nessa ação. Reconhecer bons resultados é motivar pelo exemplo positivo. Precisamos de bons exemplos, e mais do que isso: precisamos garantir que eles sejam referência e motivação para quem escolheu proteger a sociedade.
Seguiremos avançando com responsabilidade e firmeza, sempre em defesa da segurança da nossa população. Em breve, a região contará com uma Central Regional de Monitoramento equipada com tecnologia de ponta — um verdadeiro salto em inteligência, prevenção e agilidade na resposta às ocorrências. Essa estrutura será possível graças a um esforço coletivo entre Estado, Município, Polícia Militar e também graças a uma emenda de minha autoria no valor de R$ 2,3 milhões. Com ela, vamos reforçar o combate à criminalidade e tornar a vida dos bandidos cada vez mais difícil.
Mas também faço um alerta e uma cobrança: em quanto tempo esses criminosos estarão soltos novamente? Quantas vezes mais vamos ver o esforço da polícia ser jogado fora por decisões judiciais ou brechas na legislação?
Hoje, o Brasil convive com um cenário alarmante de reincidência criminal. Segundo dados do CNJ, mais de 40% dos presos no país são reincidentes. E isso não é culpa da polícia, que prende. É culpa de um sistema que solta com facilidade, não pune com rigor e não protege a sociedade.
Nosso Código Penal é brando com criminosos violentos. A progressão de pena permite que muitos condenados saiam da prisão após cumprir apenas 1/6 da pena. Além disso, decisões baseadas em “bons antecedentes” ou “residência fixa” são usadas para colocar de volta nas ruas criminosos que já provaram não respeitar a lei.
Compare com países como os Estados Unidos, onde o reincidente enfrenta penas bastante agravadas — inclusive com regimes mais duros e sem benefícios. Ou com o Japão, onde o índice de reincidência é um dos mais baixos do mundo, fruto de uma justiça que prioriza a segurança do cidadão e impõe consequências reais para quem opta pelo crime.
No Brasil, a sensação de impunidade é combustível para o crime. Está na hora de mudarmos esse jogo. Quem merece respeito, proteção e dignidade é o cidadão honesto, o trabalhador, a mãe que sai cedo para trabalhar e cuidar da família, e o pai de família que chega tarde depois de um dia inteiro de luta.
Bandido deve sentir o peso da lei, não o conforto da impunidade.