A programação de eventos da 35ª Schützenfest começa oficialmente neste sábado com a tradicional cerimônia do Schützenbaum, um dos momentos mais emblemáticos da festa e que carrega séculos de história. O termo alemão une as palavras schützen (atiradores) e baum (árvore), simbolizando a força, a vitalidade e a conexão com as raízes culturais dos imigrantes germânicos que ajudaram a construir Jaraguá do Sul.
O ato de erguer o mastro, enfeitado com escudos e brasões das sociedades de atiradores, remete às festividades que ocorriam nas aldeias alemãs, quando a comunidade se reunia para celebrar a colheita, a amizade e a defesa de seus valores.
Mais do que um rito de abertura, o Schützenbaum é um convite para que todos se reconheçam na herança deixada por aqueles que cruzaram o Atlântico em busca de novas oportunidades.
Preservar esse costume é reafirmar a identidade jaraguaense.
Cada escudo pendurado no mastro representa uma sociedade de atiradores que, ao longo das décadas, manteve viva a tradição da prática esportiva e da convivência comunitária. É uma lembrança de que a Schützenfest não se resume a música, trajes típicos e chope, pois, ela é, sobretudo, a celebração da união de povos e da cultura que enriquece a cidade.
Em tempos de pressa e conexões efêmeras, o Schützenbaum ergue-se como símbolo de continuidade, de encontro entre passado e futuro. Ao contemplá-lo, reconhecemos que a festa é, em essência, um patrimônio imaterial que fortalece o sentimento de pertencimento e orgulho.
Então, que a árvore dos atiradores, erguida mais uma vez, inspire todos a cultivar as tradições que dão cor e identidade a Jaraguá do Sul.