A formatura de mais de 1.600 novos policiais penais em Santa Catarina representa um marco histórico no fortalecimento do sistema prisional e, sobretudo, um passo decisivo em um momento em que a segurança pública precisa ser tratada como prioridade nacional. Em tempos de criminalidade crescente, com facções cada vez mais organizadas e fronteiras entre o crime e o Estado se tornando tênues em algumas regiões do país, esse reforço de efetivo simboliza uma conquista institucional, sendo um ato de resistência do Estado contra a escalada da violência.
O exemplo do Rio de Janeiro serve de alerta: ali, o poder público perdeu o controle de vastas áreas para o crime organizado, que dita regras, impõe medo e mina a autoridade do Estado. Quando a presença estatal enfraquece, o caos se instala. É justamente para evitar esse colapso que medidas preventivas e estruturantes, como a ampliação do efetivo penitenciário, são fundamentais. A negligência no controle das prisões costuma gerar o efeito contrário: presídios dominados por facções transformam-se em centrais do crime, comandando execuções, sequestros e tráfico de dentro das celas.
No entanto, o combate à criminalidade não pode se limitar ao aumento de efetivos ou ao endurecimento de políticas penais. A segurança pública moderna exige inteligência. Se inicia com Investimentos em educação, tecnologia, integração de dados, monitoramento eletrônico, capacitação continuada e gestão eficiente. São esses os pilares de um sistema que não apenas reage, mas antecipa o crime. O reforço de 1.600 policiais penais precisa vir acompanhado de um Estado estrategista, capaz de agir antes que a violência se imponha.
Santa Catarina dá um passo importante, demonstrando que é possível fortalecer as instituições sem abrir mão da razão e da eficiência. O reforço no sistema prisional é uma vitória da sociedade catarinense.
 
                            