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Saudades dela – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

02/10/2025 - 07:10 - Atualizada em: 30/09/2025 - 16:20

Todos os dias temos mais e mais leitores, então, preciso repetir algumas questões antes de entrar no assunto de hoje. Vamos lá. Todos os dias, chova ou faça sol, caminho por 55 minutos, e para otimizar o tempo treino meu inglês, fones nos ouvidos e escutando uma palestra de americanos. Nos últimos dias tenho escutado histórias de vida de pessoas já um tanto idosas… Ontem, ouvi a história de um cidadão que foi casado por 32 anos, um casamento sem trovoadas, um casamento, segundo o depoente, feliz, mas… De uma felicidade pouco conscientizada por ele, o então marido. E ele se arrependia muito de não ter vivido de modo mais intenso e consciente aquela felicidade. Isso só lhe ocorreu quando a mulher morreu. Essa vivência não vivida, não conscientizada pelo marido hoje viúvo, é muito comum. Muito comum para nós todos e diante de muitas circunstâncias da vida. Quantos e quantos hoje se lembram de seus pais e sentem remorsos por não lhes ter amado mais, de não lhes ter dito que os amavam? Quantos perderam um trabalho por leviandades, eventuais irresponsabilidades, e só depois da demissão “acordaram” para uma experiência que lhes poderia ter sido longa e feliz? Muitos vivem em casa, com os pais, com os irmãos, com avós, e vivem se queixando da sorte na vida? Se queixam da sorte e não se dão conta de que na vivência familiar terão a melhor das ajudas possíveis na hora de uma especial necessidade. Podemos brigar em família, mas quando um bicho-papão lá de fora nos quer atacar, ah, a família se une como soldados na guerra… E, costumeiramente, só nos damos conta disso quando estamos sozinhos, longe de um aconchego e fustigados pelas flechas envenenadas da vida… Felicidade exige-nos consciência do aqui e agora da vida. O passado já foi, ele deixa saudades ou remorsos… E o futuro é daqui para frente, muito vai depender de nós. O calor dos afetos não nos pode passar despercebidos, temos que ter consciência deles para não chorarmos mais tarde por um leite derramado… Fiquei pensando no americano que se remoia por não ter vivido com mais consciência com a esposa que o amava e que lhe era uma admirável companheira. A rotina, gemida por muitos, costuma ser, mais tarde, uma abençoada que não foi amada. Não caiamos nessa.

RELIGIÃO

Vamos imaginar que alguém cometesse um crime grave por questões de ordem religiosa, de uma religião “estranha” aqui entre nós… Como seria o julgamento desse crime se nas paredes do STF há uma cruz cristã? Essa cruz está em todas as instituições públicas, um crime hediondo de desrespeito à lei, o Brasil é oficialmente um país laico, sem religião oficial. Falta de respeito é crime. Remoções, já!

TEMPOS

Houve um tempo em que passar férias nos Estados Unidos, ou onde quer que fosse fora do Brasil, era para poucos, para os ricos. Hoje até moradores de rua fazem esses recreios… Então, como se explica esta manchete: – “Programa grátis prepara alunos para concorrer a vagas em universidades estrangeiras”. Cegueira pura. Antes de tudo, quem faz a universidade é o aluno, ademais, nenhuma universidade estrangeira é melhor que as nossas USP e Unicamp. Ué, gente!

FALTA DIZER

Acabei de ler esta manchete, desabafada por um famoso infectologista brasileiro: – “50% dos antibióticos hospitalares são usados de forma errada”. A pergunta que faço é esta: será que esses antibióticos também são usados de modo errado com pacientes “ricos”? Pegar os que erram pelo “cangote” e demiti-los na hora.

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.