Saudade, palavra inútil – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

11/12/2023 - 06:12

Vamos lá, vamos começar a nossa conversa, leitora, leitor. Se estivéssemos lá em casa, a conversa ia começar com um chimarrão, um chimarrão “daqueles” de esquentar as orelhas de quem estivesse longe… Sacaste? Pergunta inicial: qual é a janela que mais abrimos em nossa vida, onde mais nos debruçamos? Boa resposta. A janela do passado. O diacho é que a janela do passado não nos serve para nada, senão para dar-nos lições: não faça mais, não repita aquela bobagem, não perca tanto tempo com o que não vale a pena… E por vai. O passado é não mais que um instrutor para o nosso presente e para o nada garantido futuro. Mas aí também lembramos que nós somos nós e nossas circunstâncias e que nossas circunstâncias estão conosco ao longo da vida. Como ir adiante e deixar o passado para trás? Ninguém jamais voltou ao passado, o rei mais poderoso do planeta não conseguiu. Nossa vida é o momento. Se este momento estiver azedo é dar um jeito no azedo, usar das experiências já vividas, não recalcitrar nas estupidezes de outrora, olhar para frente e viver. Entendamos por nossas circunstâncias o pai, a mãe, os irmãos, as pessoas, enfim, que estão nos nossos cotidianos, vidas. Ontem ainda fiquei sabendo do que fez uma amiga. Ela ajeitou uma viagem de 10 dias com o marido, lá para os quintos. E contratou uma cuidadora para ficar com a mãe dela, uma senhora de 91 anos, saudável, mas… De 91 anos. Essa “amiga” bateu as mãos para as circunstâncias. Depois, será que vão adiantar os arrependimentos, as lágrimas…? Claro que não, serão lágrimas inúteis e falsas. Nossas circunstâncias fazem parte da nossa vida, sem essa de sou maior de idade, tenho minha independência, já fiz o que tinha que fazer e agora vou viver a minha vida… Sim, vais, mas… Não se esquecendo das circunstâncias. Para que o nosso passado não nos incomode no futuro, cuidemos, e bem, do nosso presente. Nada pior do que ficar olhando nossas fotos e arquivos dos “ontens” da nossa vida, dias passados e hoje inúteis. Os deveres bem cumpridos no passado ensolaram nossa vida no presente.

PROVAS

A vida é uma prova contínua e com barreiras, muitas barreiras. Os bons “atletas” da vida superam essas barreiras e chegam ao pódio. E a maioria? Fica para trás procurando desculpas. Exemplo? Os que não estudam e que saem das provas do Enem reclamando das dificuldades, mas sabem cantar funks da pesada, todavia… Não cantam metade do Hino Nacional. Esses tipos não devem ser ouvidos. Eles, por eles mesmos, se programam para ser nadas na vida.

VISITAS

Cá pra nós e que ninguém nos ouça, leitora, mas… O que pode haver de mais indigesto do que visitas, hóspedes, que chegam, se acomodam, não ajudam em nada, pintam e bordam, comem, bebem e… Depois de alguns ou muitos dias fecham as malas e vão embora, vão embora sem aquele: – “Olhem, agora somos nós lá em casa que vamos esperar por vocês”! Que esses tipos saibam que quando hóspedes na casa de alguém procedam de tal forma que a porta esteja sempre aberta para os seus retornos… “Semancol” faz bem!

FALTA DIZER

Encontrei um amigo no café do shopping que mais das vezes “habito”. – “E aí, Prates, estás num poço ou num túnel, tudo bem contigo”? Parei, pensei, e o amigo esclareceu a pergunta: Quem está num poço não tem saída, quem está num túnel tem e tem muita luz pela frente. Pedi outro café.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.