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Sartre resumiu a vida em poucas palavras – Leia a coluna do Prates desta segunda-feira (15)

Por: Luiz Carlos Prates

15/06/2020 - 11:06

Acabei de lembrar de duas frases que guardei numa das gavetas da memória. Todos nós temos essas gavetas, verdade que muitos as têm vazias, são pessoas muito ocupadas para perder tempo com frases “idiotas”…

Pelo que lembro, são frases do escritor Jean Paul Sartre, lembras dele? Esse mesmo. Sartre foi um inteligente azedo da condição humana. No que ele tinha toda razão…

Uma das frases de que me lembro do Sartre dizia que “o ser humano (ele dizia o homem…) não é nada além do que faz de si mesmo”.

Só esta frase já dava um telejornal completo, mas há outra, gêmea da anterior, que diz assim: – “Morremos no exato momento em que deixamos de ser úteis”.

Essas duas frases, poucas palavras, resumem a vida. O mais é figuração, é teatro, é desculpa, é perda de tempo. Veja bem, o que somos além do que fazemos de nós mesmos? Nada.

A pessoa pode ser famosa como for, admirada por multidões, tudo em razão de um “sucesso” fajuto qualquer, mas a pergunta que fica é essa: – O que a pessoa faz dela mesma com esse ruído todo? É isso, só isso o que importa.

A Terra não gira em torno do sol, a Terra gira em torno de cada um de nós. – Ah, mas isso é egocentrismo, vaidade louca… Nada disso, é apenas a mais santa das verdades. Não são os outros que nos infelicitam ou realizam, somos nós mesmos.

E a outra frase do Sartre, aquela do – morremos no exato momento em que deixamos de ser úteis – de igual modo é incontestável.

Aliás, vivo dizendo que pobre do sujeito que sonha com uma aposentadoria, com o ficar em casa; desgraçada da pessoa que se dá por realizada na vida, que sente já ter trabalhado demais e que daqui para frente é pijama e descanso. Morreu quem pensa assim.

Temos que ser úteis até o fechar final dos olhos. Úteis a quem? A quem quer que seja, mas antes de tudo a nós mesmos, sempre fazendo alguma coisa com vigor e prazer.

Foi um estonteado louco o que um dia disse que o trabalho seria um castigo divino. Castigo é a inação, o “repousar”, o pijama e as pantufas. Em assim sendo, acabou. Grande Sartre, aplausos!

Escolhas

Dia destes, um sujeito que estava engajado com o governo federal abandonou o barco, saiu dizendo que a vida é feita de escolhas e que ele escolheu sair… Perfeito.

A nossa vida, boa ou má, tem a nossa lavra, nós escrevemos o nosso roteiro pelas escolhas que fazemos. Vem daí a nossa impotência para culpar os outros, os outros da nossa vida também foram escolhas nossas. Assumir e não chiar. Mas só os decentes assumem…

90%

Vão mentir para a mãe Joana. Acabo de ler sobre uma pesquisa de uma consultoria de RH paulista que descobriu, entres os pesquisados, que 90% dos jovens brasileiros sem qualificação para o trabalho, alegam falta de dinheiro para buscar essa qualificação.

Mentira descarada, é falta de vontade, é falta de vergonha na cara, são os que querem cotas para tudo e não se coçam para crescer na vida. Embusteiros. Quem quer viabiliza o querer.

Falta dizer

Com a lei da atração não se brinca. Um famoso, muito rico, muitíssimo conhecido (vamos deixar assim…) fez testamento aos 51 anos. Diga-me se tem cabimento tal tipo de estupidez! Morreu aos 60.

Por que fazer testamento enquanto jovem? – Ah, mas 50 anos não é mais jovem! Quem pensa assim, morre cedo. Esse morreu. Pensou, atraiu.

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.