Santa Catarina é sinônimo de trabalho e inovação. Nosso povo acorda cedo, produz, gera renda e faz a economia girar. É por isso que temos um dos ambientes de negócios mais dinâmicos do Brasil. Mas também é verdade que o poder público, de modo geral, ainda atrapalha mais do que ajuda. Nosso papel na vida pública precisa ser justamente o contrário: tirar barreiras, reduzir o custo de empreender e criar condições para que mais empregos surjam, especialmente no interior e entre os pequenos negócios.
Os números mostram que estamos no caminho certo. Em 2024, as micro e pequenas empresas foram responsáveis por 66 mil novos empregos formais em Santa Catarina, liderando a geração de vagas. Hoje temos 1,57 milhão de empresas ativas, um crescimento de 17% em relação ao ano anterior. Isso só é possível porque temos gente que acredita no próprio esforço e arrisca. Mas também porque algumas medidas começaram a desburocratizar o ambiente de negócios. O tempo médio de abertura de uma empresa em Santa Catarina caiu para 2,2 horas, enquanto a média nacional ainda passa das 20 horas. Esse é o caminho: menos papel, mais liberdade para trabalhar.
Nossa indústria cresceu 7,7% em 2024, mais que o dobro do resultado nacional. A atividade econômica avançou 5,7% no mesmo período. Esses números não são apenas estatísticas: eles se refletem no comércio, nos serviços e na confiança de quem investe em Santa Catarina. E boa parte desse movimento vem das pequenas e médias empresas, que são a base do nosso desenvolvimento.
Ainda assim, há travas que encarecem e dificultam a vida de quem produz. Licenças demoradas e cheias de exigências, tributos que pesam sobre energia e insumos, crédito caro para os pequenos e médios. Isso precisa mudar. Defendo que licenças para atividades de baixo risco sejam liberadas imediatamente, com fiscalização posterior. Defendo também que o Estado reduza o ICMS de quem investe em automação e geração de empregos, e que crie um fundo de aval para baratear o crédito de micro e pequenas empresas. Outro ponto fundamental é dar preferência às empresas catarinenses nas compras públicas, fortalecendo o nosso mercado interno.
Cada empresa que abre as portas significa mais trabalho e renda para as famílias. Quando simplificamos a vida de quem empreende, o emprego aparece. A classe trabalhadora tem mais e melhores oportunidades. Santa Catarina já mostrou que sabe empreender. Agora o poder público precisa fazer a sua parte: confiar em quem trabalha, reduzir a burocracia, cobrar eficiência de seus órgãos e premiar quem investe e emprega. Esse é o caminho para manter o nosso estado entre os mais dinâmicos e competitivos do Brasil. Essa é a visão de quem começou um negócio do zero, passou por imensas dificuldades e sabe na pele que precisamos mudar as leis, modernizar e incentivar o empreendedorismo.