
Pelo segundo ano consecutivo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, juntos, lideram a produção nacional de leite. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015 a região Sul foi responsável por 35,2% dos 35 bilhões de litros de leite produzidos no Brasil. O Sudeste ocupa a segunda posição no ranking respondendo por 34% da produção.
Os três estados do Sul apresentaram também a maior produtividade do país em 2015, com 2.900 litros/vaca/ano, um aumento de 3,9% em relação ao último ano. Em Santa Catarina a produtividade média é de 2.755 litros/ vaca/ ano, a terceira melhor média do país. O melhor indicador está no Rio Grande do Sul, com 3.073 litros/vaca/ano.
A produtividade média do país é de 1.609 litros/vaca. Santa Catarina é o quinto maior produtor de leite do Brasil e a agricultura familiar responde por quase 90% de toda produção catarinense. Nos últimos anos, de 2000 a 2013, a produção aumentou 190%, muito a cima da média nacional. Os números são ainda maiores se comparado às regiões do Oeste e Sul, no mesmo período. Em 2015, o Estado produziu cerca de 3,05 bilhões de litros de leite.
Valores sonegados
A secretaria estadual da Fazenda espera recuperar R$ 15,5 milhões sonegados por 420 contribuintes que deixaram de pagar o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) sobre doações recebidas em 2011. As infrações fiscais serão enviadas por via postal a partir do dia 11. Após recebê-la, os contribuintes terão 15 dias para recolher o imposto com redução de 70% da multa.
O valor da multa é de 75% sobre o valor devido, que tem reajuste com base na Selic acumulada desde fevereiro de 2012. Esse imposto pode ser pago em até 24 parcelas, mas o desconto de 70% da multa será reduzido.
Gastos públicos
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a taxa de desemprego deverá começar a perder força a partir de 2017. Segundo ele, a situação da economia ainda é grave, mas a queda nos indicadores está começando a se estabilizar. Ressaltou, no entanto, que é prematuro falar em recuperação econômica, e que o país ainda vive uma recessão. “É muito séria ainda a situação. A economia continua em recessão”, disse Meireles. O ministro voltou a defender a proposta de emenda à Constituição que estabelece um teto para os gastos públicos, que bateram em R$ 22,143 bilhões em agosto.
Revisão de cálculo
O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou a revisão da fórmula para cálculo do salário mínimo, além da aprovação de um teto para os gastos públicos e as reformas da Previdência e trabalhista . A fórmula atual para as revisões do salário mínimo, diz o relatório do FMI, afeta o crescimento de pensões e outros benefícios e é, portanto, uma grande fonte de pressão fiscal no médio prazo.
Atualmente, a atualização do salário mínimo no Brasil leva em conta a inflação do ano anterior e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e riquezas produzidos em um país) de dois anos atrás. Em 2015, o Congresso Nacional aprovou a fórmula com vigência até 2019.
Capacitação para gestor público
Os novos prefeitos das 5.570 cidades do País eleitos no domingo e os que vão para o segundo turno poderão se capacitar em gestão pública em 2017 através de cursos oferecidos pelo Banco do Brasil. Os cursos são voltados não só para os prefeitos, mas também para secretários e assessores. O projeto-piloto já capacitou mais de quatro mil gestores públicos em 11 Estados.
Bandeira verde
A bandeira tarifária aplicada nas contas de energia elétrica em outubro será verde, sem custo para os consumidores. Este é o sétimo mês seguido que a bandeira é verde, o que significa que não haverá nenhum valor adicional a ser pago. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os principais fatores que contribuíram para a manutenção da bandeira verde são a evolução positiva do período úmido de 2016, que recompõe os reservatórios das hidrelétricas, o aumento de energia disponível com redução de demanda e a adição de novas usinas ao sistema elétrico brasileiro.

O Dr. Fantásctico da economia de mercado
A preocupação atual sobre os rumos da economia no mundo, principalmente aquele que atinge a produção de bens e serviços – que tem como resultado a geração de renda e emprego – está decididamente afastada do excesso de liquidez de dinheiro circulante num mercado totalmente desregulamentado, que infelizmente comanda o destino financeiro do planeta. Não por acaso a história se repete de forma burlesca, mostrando um cassino global onde a irracionalidade prevalece sobre o uso responsável dos recursos assentados num desenvolvimento sustentável.
Enquanto o economista J. M. Keynes salvava o capitalismo em Bretton Woods em 1944, o matemático húngaro John Von Neumann aprimorava sua “teoria dos jogos” que, segundo ele, resolveria definitivamente os problemas da economia. O mercado livre, dizia, consiste num jogo de competidores que agem sem saber o que os outros decidirão fazer. Entretanto, cada competidor sabe que todo resultado depende das ações de todos os outros competidores. Von Neumann elaborou uma fórmula que pudesse adotar uma estratégia em qualquer situação competitiva. A teoria dos jogos e comportamento econômico foi sintetizada no seu Teorema Minimax. A essência desse modelo era nada mais que um grande jogo envolvendo um “dado número de jogadores”, no qual grandes empresas colaboravam entre si para eliminar outras no mercado, na clássica situação de “ganhar-ganhar”, e assim pela frente. A economia atual se fundamenta nesse axioma matemático.
A “teoria dos jogos” seria o instrumento apropriado para explicar cientificamente o funcionamento de uma economia de livre mercado. Não conformado ao uso restrito da economia, Von Neumann direcionou sua teoria dos jogos para alternativas mais devastadoras, que previam sua aplicação a outros tipos de situações. Sua melhor chance da aplicação da teoria dos jogos seria colocar em prática o uso da Bomba de Hidrogênio contra os russos. Tal teoria indicava que os americanos deveriam atacar imediatamente.
O presidente norte-americano Dwight D. Eisenhower conseguiu desestimular o “maior cérebro do mundo” em sua iniciativa “tecno-lógica” nos idos anos 50. O filme de Stanley Kubrick “Dr. Fantástico ou: como aprendi a amar a bomba” mostra uma caricatura perfeita de Von Neumann, assim como nos alerta em que mãos se encontra o destino da humanidade.