Nossa condição regional, no que se refere a infraestrutura, pode ser comparada, figurativamente, a um cidadão produtivo que, embora goze de boa saúde, é precavido e paga por um bom plano de saúde. Entretanto, ao necessitar do mesmo, é obrigado a esperar dias, meses ou anos, por conta de um sistema emperrado, burocrático e moroso.
Este ineficiente sistema chama-se “gestão governamental”, que tem negligenciado uma região altamente produtora e arrecadadora. Nada justifica tamanho descaso, seja pela instância estadual, seja pela federal. São incontáveis nossos editoriais OCP abordando a deficiência de nossas rodovias.
E aqui estamos novamente com mais um editorial, que reportado a esse tema, já assumiu status de ‘boletim.’ Como porta-voz das demandas que impactam o desenvolvimento de nossa comunidade regional, sabemos da letargia dos órgãos públicos responsáveis.
Por isso, nos manteremos atentos e cobraremos, incansavelmente, celeridade nas benfeitorias que nossa região merece. A demanda premente, é para as BRs 280 e 282, corredores logísticos estratégicos.
A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) encaminhou, na quarta (7), ofício ao Ministério da Infraestrutura, solicitando liberação emergencial de R$ 100 milhões para a desobstrução de rodovias federais catarinenses interditadas em função das recentes chuvas.
Salienta-se, por fim, que o histórico qualitativo de nossas rodovias é um retrato fiel do senso de urgência que o estado dedica a quem produz e arrecada para esse mesmo estado. Um lamentável paradoxo. Voltaremos ao tema.