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Retorno do Parlamento – Claudio Prisco Paraíso

Foto: Divulgação

Por: Claudio Prisco Paraíso

05/02/2025 - 06:02

 

Na prática, segunda-feira começaram os trabalhos na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, que no sábado elegeu a sua nova mesa diretora. Mais uma vez, de forma eclética, tendo à frente o deputado Júlio Garcia, do PSD, para o seu quarto mandato na proa do Parlamento. Institucionalmente, a expectativa é que a relação com Jorginho Mello seja a mais amistosa possível. Aliás, é uma característica de Garcia no trato.
Mas no seu discurso, ele foi muito claro: independência entre os poderes. Ou seja, o Legislativo estadual terá toda a liberdade para conduzir as matérias que lá chegarem. Ele fez questão, também, de colocar que a Assembleia não vai se posicionar contra os projetos de origem do Executivo, mas que vai apreciá-los de maneira adequada.
Foi além. No discurso, ele disse, olha, Santa Catarina pode mais. Também fazendo uma crítica indireta, ou quase direta, à administração liberal.

 

Diferenças

Institucionalmente, a convivência com Jorginho Mello tende a ser tranquila. Mas, no ambiente político, partidário e eleitoralmente falando, a história é outra. Julio Garcia é do PSD, que está fora do governo Jorginho Mello e ao qual faz oposição.

 

Marca

Julio Garcia não consegue se desvincular, também, da condição de parlamentar de um partido onde ele é um dos principais líderes e que já tem pré-candidato ao governo, o prefeito reeleito João Rodrigues, que terá sua pré-candidatura formalmente lançada, no próximo 22 de março, na Capital do Oeste.

 

Turbulências

Então, não resta a menor dúvida de que será um ano desafiador para Jorginho Mello. O governador não perdeu tempo para fazer o contraponto no enfrentamento a Julio Garcia. Ele trouxe alguém com experiência de parlamento, Kennedy Nunes, que ficou 16 anos na Assembleia. Mas mesmo assim, não será parada fácil, na medida em que é o ano que antecede o pleito majoritário estadual.

 

Holofotes

Evidentemente que João Rodrigues vai procurar ganhar visibilidade, até porque seria ou será, se ele concorrer ao governo do Estado, sua primeira eleição estadualizada.

 

Conhecido

Jorginho Mello vai para a sua terceira disputa estadual. Tem a máquina do Estado, tem o maior número de prefeituras conquistadas no ano passado, 90 de 295. Há, ainda, um outro componente, que aí favorece a Jorginho Mello.

 

Municipalismo

O governador conseguiu colocar como presidente da Fecam o prefeito da Capital, reeleito no primeiro turno, Topázio Silveira Neto, que coligou com o PL. Os liberais indicaram a vice, Maryanne Mattos. Sim, Topázio é filiado ao PSD, correligionário de João Rodrigues e Julio Garcia.

 

Lado

Tudo isso é verdade, mas o prefeito de Florianópolis já declarou que está fechado com a reeleição de Jorginho Mello. E quer o PSD na aliança.

 

Isolamento

Tanto é que o próprio João Rodrigues, no fim de semana, disse que Topázio Silveira Neto não lidera nenhuma ala dissidente no PSD de apoio a Jorginho Mello.
Até porque Topázio é o único dissidente declarado. Só que não se pode perder de vista que, além de prefeito da Capital, ele já é presidente da Fecam.

 

Replicando

Ou seja, algo semelhante ao que faz o governador, que além de pilotar o Estado, é presidente estadual do PL.

 

Imã

E os dois, em dobradinha, não resta a menor dúvida, vão tentar atrair prefeitos do PSD. Porque Topázio e mais trinta e nove foram eleitos e reeleitos. Então, trinta e nove estão aí, de repente, ávidos por verbas estaduais, obras e benfeitorias.

 

Contrapeso

Portanto, Topázio à frente da Fecam é um dado que pode ajudar Jorginho Mello, considerando os obstáculos que enfrentará com Júlio Garcia na presidência da Assembleia.

 

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