Respeitar-se é bom – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

25/03/2023 - 05:03

Quando você se respeita, os outros sentem o cheiro de longe. Mantêm distância, a distância necessária para evitar os choques. Quando você não se respeita, os topetudos avançam o sinal, mas com certeza, avançam o sinal. – Ah, quase esquecia, estou falando com as mulheres.

É que acabo de ler uma bela entrevista no jornal Estado de São Paulo, entrevista com um conceituado administrador de casas noturnas, casas chiques, só gente com grana, gente da “alta”. Tenho severas resistências a quem gosta de casas noturnas, hummm… Casas noturnas nunca fizeram o meu gosto.

Esse cidadão, administrador de grandes casas noturnas, (não lhe digo o nome) fez interessantíssimas declarações. Deixou claro, por exemplo, que em boates de gente graúda (graúda só pelo dinheiro) não há seguranças nas áreas vips.

Há muitos seguranças – homens -espalhados pelas casas, mas não nas áreas vips, ora, isso estimula o avanço dos frequentadores homens sobre mulheres “desatentas”, nunca vou chamá-las de ingênuas, ainda que pudesse…

E tem mais, esses “vips” costumam entrar “a dois” nos banheiros, ninguém vai reparar ou dizer não… Foi, aliás, o caso que envolveu o jogadorzinho brasileiro Daniel Alves, numa boate de Barcelona. Mais ainda.

Em muitas dessas “destacadas” casas noturnas mulheres bebem de graça até à meia-noite. Há os “open-bar” para mulheres, até à meia-noite; depois disso, elas viram “produtos” para os homens boçais.

Conheces alguma exceção nesses lugares? Só mulheres que não se respeitam vão a lugares onde elas entram de graça porque são mulheres. Só as burras não veem que vão servir de iscas para os tubarões. Tubarões num sentido figurado, bebezinhos das mamães que não lhes educaram, isso sim.

Diz o ditado que quando a esmola é demais, o santo desconfia. Quando as mulheres podem entrar de graça em qualquer lugar até à meia-noite não é por outra razão senão que elas serão “produtos”.

Ah, e sem falar que muitas vezes duas amigas ocupam uma mesa e de repente chega o garçom trazendo uma bebida para elas oferecida por um “bebê da mamãe” que está numa mesa por perto e de olho para o bote…

E dizer que isso acontece em casas noturnas conceituadas, onde, presumidamente, só as mulheres mais espertas, até graduadas, frequentam. Credo, que nojo dessa gente que não se respeita. E adianta avisar? Nada. Perda de tempo.

ENCRENCA

Jornais americanos falam da encrenca. Muitas empresas estão adotando mais e mais o trabalho home-office. Um considerável percentual de empresas está adotando o trabalho remoto ou híbrido, lá e aqui. As empresas diminuem seus gastos, mas… Inúmeros segmentos da economia americana, em grandes cidades, estão se ferrando com a ausência de pessoas em restaurantes, bares, ônibus, lojas, tudo em razão de as pessoas ficarem mais em casa, e aí, não gastam… E agora, José?

FRASE

Acabo de ler uma frasezinha mixuruca, todavia… Difícil contestá-la. Diz assim: – “As crises da vida devem ser encaradas como oportunidades”. Mesma coisa que dizer que se a vida nos der um limão temos que transformá-lo em gostosa limonada. Mesma coisa. O diacho é que vivemos olhando para os “limões” só com limões… As crises são “limões”. Os fortes, as guerreiras, os que fazem dos “limões” limonadas são poucos. Onde andam mesmo?

FALTA DIZER

Acabei de ver. Gurizinho, uns dois anos, com a camisa do Inter num jogo no Beira-Rio. Mexia os braços como se celebrasse um gol. Errado, papai! Não tinhas que ter forçado o menino a torcer por este ou aquele clube. Tinhas que tê-lo deixado crescer e escolher. Tirania inaceitável!

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.