Reencontro no café – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

20/06/2024 - 07:06

Isso mesmo, um reencontro no café, melhor dito, no cafezinho. Como sempre num shopping. Aquele cafezinho rápido, mas suficiente para trocar ideias com alguns conhecidos. Conversa vai, conversa vem, saindo dos protocolos, um desses conhecidos me confessa que está numa pior. Conta-me que anda girando, a cabeça não para quieta, só pensamentos depressivos, infelizes. Ouvi e pensei: nada de novo, ele está no grupo que mais anda por aí. Passados alguns minutos, perguntei ao amigo: – “Cara, mas qual é o problema, tu sabes que para tudo na vida há solução”! Antes que ele dissesse alguma coisa, perguntei: problemas em casa? Não, em casa tudo bem. Fui adiante: – Estás sem dinheiro? Outro não. – O dinheiro está me quebrando o galho, responde o amigo. Fui adiante: Saúde em dia? Sim, respondeu o amigo. Larguei a xicrinha. “Cara, se está tudo bem em casa, todos com saúde e dinheiro não está faltando, qual é o galho, não entendo”! O amigo me disse que não sabia, mas que andava abatido, sem graça, não vendo alegria em nada, deprimido mesmo. Em poucas palavras, não havia tempo para muito conversa, disse ao amigo que ele estava precisando de um problema, de uma encrenca séria. Foi a vez dele largar a xicrinha do café. Como assim? – me perguntou o amigo. Ora, quando estamos nos imaginando numa pior, mas não há nada de muito errado em nossa vida, o que nos falta é um tranco, um problemão. Nesse momento, vamos cantar Ataulfo Alves – “Eu era feliz e não sabia…”. Não mais que isso. O amigo não está louco, está, isso sim, no meio da multidão dos desencantados. Várias razões para o desencanto, talvez a primeira seja uma rotina sem trepidações. E vem dessa verdade outra verdade, a de que precisamos ter um propósito de vida que se renove todos os dias e que nunca se esgote em nossas vidas. Todo tipo de aposentadoria na vida é danação garantida. Mas a primeira de todas as nossas encrencas é não nos darmos conta do tudo de bom que temos na vida, mas que deixamos passar por não ter consciência disso e não valorizar as “pequenas riquezas” de nossa vida. Muito comum suspirar uma “depressão” sem motivo direto para justificá-la. – Tchau, amigo! Não sei se o ajudei.

SUGESTÃO

Sugestão atirada ao vento… Todo mudo quer ser admirado, correto? Então, sugiro que a pessoa estude uma hora por dia de qualquer coisa que hoje lhe passe batido. Por exemplo, estudar uma hora de inglês ou de português por dia vai transformar o desatento de hoje numa celebridade diante da “multidão” que anda por aí. Uma horinha, quem não pode? E vai transformar a pessoa numa admiração para os outros. Vamos lá?

TEMPO

Os atrasados na vida nunca têm tempo para nada, menos ainda para um mínimo esforço que lhes pode tirar do atoleiro em que vivem. A frase predileta dos retardados da vida é: – Amanhã eu começo! Esse amanhã é vago, impreciso, é um amanhã sem uma data marcada pela determinação da pessoa. Será que nunca ouviram Geraldo Vandré cantando: – “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer…”? Não existe o amanhã na vida…

FALTA DIZER

Em todos os palácios, castelos, em todos os reinados milenares as mulheres foram tratadas como tapetes, pisadas, abusadas ou condenadas à morte. Mudou? O que mudou foi o modo dessas “torturas”, mas por maioria continua tudo igual, até que… Elas “acordem” batam na mesa e mudem o mundo. O poder da vida é delas…

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.