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Reajam, mulheres! – Luis Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

24/02/2025 - 08:02

Ninguém nos deve impedir de fazer hoje o que nos empurram para o amanhã ou nos proíbem definitivamente de fazer. Se temos um desejo honesto na cabeça, se o nosso propósito não fere ninguém, nada tem de danoso, pelo contrário, é uma realização, ah, que ninguém se atreva a nos impedir de fazer o que desejamos. Estou diante de uma notícia que tem data: 21 de setembro, 2003, jornal carioca. Essa notícia tem idade, mas… Ela se repete todos os dias aqui entre nós. Qual é o assunto? Cerceamento às mulheres, proibições, prepotências e fragilidade dos topetudos que se achando homens pensam que podem fazer o que bem entendem. A tal notícia, que já cruzou por estas páginas, fala de uma jovem, 27 anos, carioca, (não lhe dou o nome) que casou com um militar, cara graduado. Até o dia do casamento, ela dançada e dava aulas de danças no Clube Militar, mas… Foi casar e o maridão simplesmente a proibiu de continuar dançando, não ficava bem, dizia ele, era algo muito vulgar. Claro, tudo insegurança do macho. E ela obedeceu, parou de dançar e de ensinar dança a meninas e a outras mulheres. Muitos e muitos anos de casados, mas… Um dia o marido apitou. E a esposa, viúva, não pensou muito… Voltou ao Clube Militar para dançar. A manchete da reportagem era esta: – “Quando o corpo não tem limite”. A viúva voltou, aos 83 anos, à dança que ela tanto amava e sempre amou. Uma história antiga? Não, uma história atual, com outros nomes e endereços, mas iguais. Mulheres cerceadas de suas liberdades, canceladas em seus trabalhos, tudo a partir de um casamento funesto, com um inseguro e que deseja ter a mulher sempre numa “gaiola”. Claro que há homens/Homens, mas é preciso dar uma boa volta na quadra para achar um deles… Ah, sem esquecer que há pais que fazem por igual com as filhas. Muitos pais “pobres” só mandam para o colégio os filhos meninos, as gurias ficam em casa, fazendo faxinas, cozinhando, de tudo um pouco, tudo porque são gurias. Primeiro dia de namoro é o dia “D” do futuro das mulheres, é ter ouvidos bem lavados e olhos bem lubrificados para não deixar passar nada que no futuro venha a ser um sofrimento. Adianta dizer? Você responde…

GURIS

Os guris têm que ser educados pelos pais como pequenos soldados. Cabelos cortados ao estilo “cadete”, sem essa de guri com cabelões, e disciplina incondicional. O que fizerem correto, elogios, e o que fizerem errado cartões amarelos ou punição. Sem exageros, tudo numa boa, assim a criança crescerá com a idéia de uma vida correta. E assim, o menino será mais seguro na vida, de outro modo será apenas mais um, mais um bobão pensando que é Homem…

GURIAS

E as gurias, como educá-las? Simples, educá-las com a consciência de que são mulheres, isto é, com inteligências múltiplas, capazes de qualquer trabalho e absolutamente livres para não depender de ninguém, tanto afetiva como financeiramente. Liberdade absoluta e todas as vantagens que os pais dão aos “guris”, dão, sim, dão e usam desculpas frias. O preconceito contra as mulheres começa dentro de casa, com os pais.

FALTA DIZER

Acabei de ver no Alerta Geral, da Record, as imagens de uma mulher chefe de facção. Ela acabara de ser presa, comandava vários camaradas que roubavam e matavam por celular em São Paulo. Bandida, certo? Mas tem uma tatuagem de um rosário, um terço, na coxa. As igrejas estão cheias desses tipos. Ferro!

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.