Considerando-se os 12 maiores municípios de Santa Catarina, temos cinco prefeitos reeleitos trabalhando para fazer seus respectivos sucessores.
Vamos começar com os dois do PL. Fabrício de Oliveira, de Balneário Camboriú, e Mário Hildebrandt, de Blumenau.
Ambos eram filiados ao Podemos. Fabrício veio antes, já com o passaporte carimbado para o segundo turno do pleito de 2022. Virou liberal.
Já Hildebrandt, que chegou depois, acabou apoiando Egídio Ferrari, deputado estadual trazido por Jorginho Mello. O parlamentar saiu do PTB. Mas está filiado ao PL.
A costura foi excepcional. A vice será indicada por Hildebrandt, Maria Regina Soar, atual vice-prefeita, do PSDB.
Não bastasse o apoio do governador e do prefeito, Egídio terá o apoio de Jair Bolsonaro. E, claro, do ex-prefeito de dois mandatos, João Paulo Kleinübing. Ele é o atual presidente do BRDE. Com o PP e o MDB respaldando. Tem tudo para ser uma eleição de turno único no terceiro maior colégio eleitoral.

 

Incógnita

Já em Balneário não se pode dizer o mesmo. O prefeito Fabrício Oliveira resolveu inventar. O governador se submeteu a uma intervenção nacional e o jovem marqueteiro ficou testando uma série de candidaturas.

 

Pregador

Até que enfim, Fabrício se fixou num pastor: Peeter Lee Grando. Uma candidatura natimorta. O prefeito, aliás, faz uma trapalhada atrás da outra. Dos grandes municípios, Balneário é o único que envergonha o PL. Ou dará Juliana Pavan, ou outro nome qualquer.

 

Serra

Agora vamos para dois nomes do PSD. Em Lages, Antônio Ceron está encerrando a vida pública. Tem quase 80 anos. Diferentemente de Clésio Salvaro, de Criciúma. Recém filiado ao PSD. Ali, ele luta para eleger Waguinho Espíndola, o ungido da vez.

 

Força

Mas, Waguinho tem contra o deputado federal Ricardo Guidi, com apoio de vários deputados federais, estaduais, Jair Bolsonaro e Jorginho Mello. E até dois pessedistas. O deputado federal Ismael dos Santos e o suplente Darci de Matos, que está no exercício do mandato.

 

Fim de carreira

Voltando pra Lages, Lio Marin será o candidato respaldado pelo pessedismo e também pelo próprio prefeito Ceron. Marin, que foi Procurador-Geral de Justiça, é filiado ao União Brasil.

 

Doente

Em Itajaí, Volnei Morastoni, combalido politicamente, e adoentado, apoiará o deputado federal Carlos Chiodini, que transferiu o domicílio eleitoral de Jaraguá para a cidade peixeira.

 

Obstáculos

Ocorre serem sérias as dificuldades do emedebista. Não só porque chegou agora à cidade, mas também pelo brutal desgaste dos dois mandatos seguidos de Morastoni.

 

Aproveitamento

Desses cinco, algum tem possibilidade de ser aproveitado no colegiado de Jorginho Mello? No PSD obviamente que não. Nem Ceron e nem Salvaro. Quanto a Morastoni, ele também está pendurando as chuteiras.

 

Liberais

No PL, Fabrício Oliveira até poderá emplacar no colegiado. Se fizer o sucessor. Algo improvável. Quanto a Mário Hildebrandt, este tem lugar já reservado no primeiro escalão. Mesmo que perca a eleição, o que é muito difícil, ele tem lugar assegurado no colegiado, até porque se constitui na principal liderança política do Vale do Itajaí.