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Queres que eu desenhe? A linguagem desenhada evita equívocos

Por: Luiz Carlos Prates

09/06/2017 - 10:06

Há quem se ofenda quando alguém lhe diz: entendeste ou queres que eu desenhe? Ocorre que a linguagem “desenhada” evita equívocos e deixa qualquer um em condições de entendimento. Nunca esqueço de um emérito professor de português que tive no Colégio Rosário, Edison Oliveira. Numa aula de oratória, o professor Edson ensinou-nos a nunca dizer simplesmente a uma pessoa que, por exemplo, “Nossa próxima reunião será no dia 3”… Ao dizer isso é bom fazer teatro, ensinou-nos o mestre. Digam dia 3, mostrem 3 dedos e contem, um, dois, três, a reunião vai ser no dia 3, um, dois, três… E assim, ninguém terá mais tarde a cara-de-pau de vir dizer que entendeu que a reunião seria no dia 13, afinal, 3 e 13 falados rapidamente, soam parecidos, sem falar que pode haver algum interesse ou má-intenção de parte de quem ouviu a mensagem. “Desenhar” evita mal-entendidos na comunicação verbal.

O assunto de hoje é matemática, números. Nós, humanos, somos um resumo numérico, somos números da cabeça aos sapatos. Nascemos num certo dia, esse dia tem um número, o número do mês, o número do ano… Vivemos as nossas idades em números. O prazo de validade da vida também é um número, nem é bom pensar nisso, melhor pular essa.

Esta semana ouvi de um médico que nosso coração nasce com um número predeterminado de batidas. Não se sabe quantas, mas o que ele disse fez-me um desenho na cabeça. O médico, cardiologista, lembrou de uma obviedade – Viveremos enquanto o coração bater saudável, mas… Ter o coração “disparado” por loucuras de toda sorte apressa-nos o fim saudável do órgão. Dessa afirmação sobra que – quanto menos aceleradas essas batidas, mais longa a vida.

Quanto mais inquietarmos o coração com sobressaltos, mais rápido ele baterá, consumindo mais depressa o “número” de batidas vitais predeterminado no nascimento… Então, é simples de entender: uma vida com menos sobressaltos é uma vida de saúde, coração forte e longevidade.

E esse “desenho” de números que o doutor fez do coração, fez-me lembrar que os indianos dizem parecido, dizem que ao nascermos Deus nos dá a porção de comida de que poderemos dispor ao longo da vida. Acabada essa comida, vem a morte. E o que descobriram os sábios? Que quanto menos comermos (quantidade/números) e mais lentamente (número de mastigadas) mais vai durar a nossa cota de comida na vida. E viveremos mais. Sabedorias. E todas “desenhadas” por números e imagens. Entendeste ou queres que eu desenhe?

Pessoas
A cada nova geração, mais e mais as pessoas crescem emocionalmente fracas, com um pé nos medos e outro nas depressões. Muitas são as fontes geradoras desses desamparos e despreparos: a primeira fonte são as famílias, pífias, sem fleumas nem direções hirtas de educação… E a outra fonte são as escolas, cada vez piores do ponto de vista da formação moral e anímica dos jovens. Exceções? As escolas militares.

Falta dizer
Crianças hoje são criadas para fazerem o que bem entendem, sem direções nem disciplinas, faz mal dizer-lhes não, gritam os educadores tapados. Dá nisso que anda por aí, levas de drogados, de sexualmente promíscuos e de frágeis para as lutas renhidas da vida. Dizem-se modernos.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.