Duvido que você que agora está me escutando não esteja a viver, de algum modo, uma amarração, um determinado tipo de cerceamento de sua liberdade, duvido. É uma vivência de todos nós, nossa liberdade vai só até à esquina, isso quando chega à esquina… Você sabe que guardo frases, tanto na minha caixa de sapatos cheia delas, quanto na minha cabeça. Uma dessas frases diz que – “A liberdade é uma porta que só abre por dentro”. Nem precisamos pensar, essa porta, a da nossa liberdade, depende de nós, a chave dessa porta está na palma da nossa mão. Ninguém tem o poder de nos chavear por fora, a chave está de dentro, coisa nossa, porém… Repito, duvido quem não tenha seus limites de liberdade ou mesmo uma severa limitação. Essa limitação pode vir da família, do ambiente de trabalho, de amigos e… Sobretudo, de nós mesmos. Cerceamos nossa liberdade por condicionamentos que nos foram impostos na infância ou por “regras” e medos que criamos. Não estou falando da liberdade física, estou falando da liberdade emocional, de não precisarmos baixar nosso espírito ou alma para quem quer que seja, na situação que for. Muitas vezes dizemos a nós mesmos: – Ah, não devo isso, não devo aquilo, não fica bem, o que vão pensar, vão me chamar de louco, de louca, e por aí arrastamos a corda do cerceamento de nossa liberdade. Nem falo dos casamentos, perda de tempo. E mais ainda no caso das mulheres. Muitas mulheres “entregam” de mão beijada sua liberdade ao marido, ao amante, ao sujeito, enfim, que se alçar seu “dono”. Falo num sentido figurado? Sim e não, a leitora, mulher, sabe bem disso. Liberdade não é sair por aí dando tiros, tiros de todo tipo de grossura ou comportamentos indevidos, não, nada disso. Quando nos damos conta dos cerceamentos da nossa liberdade, ficamos inquietos, mas… Boca fechada, sem sair por aí se queixando da tosse, o problema é nosso, só nosso. Podemos dar adeus ao que bem entendermos na vida, tudo, é claro, dentro das leis da decência. Casamento, trabalho, finanças, saúde, “liberdade”, vida feliz, tudo depende de nós. Depende de atos de consciência e… Levantar da cadeira e mandar pastar a quem nos “aprisiona”… Sem esquecer: antes de tudo, a nós mesmos.
PIADA
Nossos atos de consciência nos levam ao paraíso ou ao inferno. Tudo vai depender de como reagimos ao que pensamos e ao que ouvimos. Conta a história que um dia uma barata perguntou a uma centopéia como ela conseguia coordenar e caminhar com tantas pernas sem tropeçar… A centopéia nunca tinha pensando nisso, começou a pensar, pensar, e… Nunca mais conseguiu caminhar. Piada? Sim e não. Temos muito dessa centopéia…
IDADE
Idade não é liberdade para nada. Velhos não podem fazer o que bem entendem porque são velhos. Vejo todos os dias em Florianópolis velhos e velhas (quando não têm juízo são velhos, quando têm são idosos) fazendo todo tipo de asneiras e nem aí… Atravessam as ruas como se fossem donos das ruas, nem olham para os lados. Sem falar nos homens velhos e tatuados. Falta de uma salinha dos fundos…
FALTA DIZER
Ouvi a história e saí para dar umas voltas. Melhor desistir. Uma vizinha me contou que uma Irmã dela comprou uma boneca do tipo “reborn”, igual, sem tirar nem pôr a uma criança recém-nascida. E vai dar de Natal essa boneca para a neta dela, guriazinha de dois anos… Sacrossanto Maná dos altares! E se fosse um neto, daria uma pistola?