Todos nós ao nascer ganhamos uma mochila, ninguém é esquecido. E desde o momento que piscamos pela primeira vez essa mochila começa a ser ocupada. E ocupada por “pedras” muito pesadas, uma encrenca que, em grande parte, depende de nós. Mochila, você sabe, vai nas costas, não temos como vê-la, só sentimos o seu peso. A mochila da nossa vida é o passado, e o passado está lá atrás, nas nossas costas. Não há como colocar essa mochila na frente. Ela é o passado encravado em nossas vidas. E as tais pedras que dão muito peso à mochila das nossas costas, do nosso passado, são ressentimentos, arrependimentos, culpas, ódios nunca esquecidos, invejas e, claro, muitas lembranças maravilhosas, mas hoje transformadas em sofrimento pelas recordações, coisas boas que ficaram no passado. Os jovens têm uma mochila mais leve, uma mochilinha, afinal, os jovens vivem mais no futuro que no passado. Já os mais velhos vivem quase só no passado, vivendo saudades e todos os demais sofrimentos em razão da idade. A idade, sabemos, vai-nos estreitando os olhares nas estradas da vida, estradas que são, quase sempre, “mochilas”, as tais mochilas cheias de passado… Mas será que não nos é possível, tenhamos a idade que tivermos, de aliviar o peso dessa mochila do passado? Sim, claro que sim, porém… É preciso, antes de tudo, desapego. O que foi, foi, nunca mais voltará. Mas é-nos possível um novo trabalho, um novo amor, uma nova saúde, um novo modo de viver a vida, novas inspirações, enfim. A questão é não esquecer que a mochila lá de trás precisa ser trocada ou esvaziada pelo desapego, pelo entendimento das fugacidades na vida e pela esperança que é a última que morre. Engraçado, nos outrora chamados hospitais psiquiátricos, onde as pessoas ficavam internadas por muito tempo ou para sempre, nunca foram encontradas pessoas infelizes. Não é estranho isso? É e não é. Quem tem a cabeça chacoalhada por uma doença mental não se atém ao passado, vive num piloto automático do bem-estar físico. Só físico. O emocional está desligado, bem interessante. Mas a causa dessa ausência de sofrimento vem da ausência de lembranças objetivas do passado e dos infernos não raros na vida “saudável”. Já pensei em comprar uma mochila nova, mas… Até agora me foi impossível…
VERDADE
Uma verdade contada pela metade não é verdade, é mentira. Ouço “autoridades” dizendo que estamos na liderança brasileira na geração de empregos… Mas não dizem que a maioria desses empregos, vagas, resulta das demissões pedidas, mais das vezes pelo pessoal da Geração Z, os mandriões que vão até em torno dos 28 anos. Os viciados e iludidos pelas redes sociais. Os empregos estão dentro das vagas deixadas. Só isso. A verdade é remédio amargo…
MULHERES
Acabei de ler e tresler… Texto “religioso”, bíblico, Eclesiastes, 7.26 – “Eu descobri que a mulher é coisa mais amarga que a morte, porque ela é um laço, e seu coração é uma rede, e suas mãos, cadeias. Aquele que é agradável a Deus lhe escapa, mas o pecador será preso por ela”. Sem comentários…
FALTA DIZER
Coisa engraçada, muita gente critica acidamente os professores de seus filhos, mas… Esquecem de educar os filhos na mais importante das escolas: a da vida familiar. E o paradoxo vem de que esses mesmos pais, ou cidadãos que andam por aí, não criticam do mesmo modo políticos analfabetos, toscos, que pregam doenças erguendo a voz contra as vacinas e assim por diante. Arejar a cabeça faz bem pra tosse…