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Que idade eles têm?

Por: Luiz Carlos Prates

07/03/2017 - 08:03 - Atualizada em: 07/03/2017 - 08:23

Que idade tem seu filho? Tem 20 anos? Já é um velho. Que idade tem sua filha? Tem 21 anos? Já é uma velha. Estou falando em idades para estar no trabalho. Quem até essa idade já não está trabalhando, está fazendo o quê? – Ah, meus filhos estudam! Sim, e isso é razão para não estarem no trabalho?

Acabo de ler uma manchete que me fez pensar e em seguida me provocou ira. A manchete é esta: – “Avanço do desemprego é maior entre trabalhadores mais jovens”. Fui ler a matéria. Falava de jovens entre 16 e 24 anos. Veja bem, 16 anos. E o primeiro grito de defesa dos vadios é que a lei não permite que jovens menores de idade trabalhem. A lei pode proibir o que bem entender, quando a lei não presta não se a deve obedecer, não é mesmo jurista Rui Barbosa?

Ademais, nem todo trabalho passa pela carteira assinada. Trabalhar é tão indispensável à vida quanto piscar os olhos. Só os vadios não trabalham sob o argumento de que estão estudando ou são muito jovens. Sem essa, vadiagem.

Agora tem uma coisa. Querer trabalhar não é sair por aí procurando uma “boca” para ter um dinheiro para bobagens e nada de seriedade com o trabalho. O jovem tem que ser educado, desde o berço, a entender a importância do trabalho e a encaminhar-se para uma carreira na vida, carreira própria, dessas em que o sujeito depende só dele, ou carreira numa atividade onde, no caso, dependa de uma carteira assinada.

Em ambos os casos, o roteiro é o mesmo: o sujeito precisa descobrir do que gosta, descobrir de seus talentos potenciais, focar-se numa área, preparar-se para ela, persistir, persistir, obstinar-se mesmo, chegar até o trabalho sonhado/imaginado e especializar-se sempre, até o último suspiro. Não sendo assim, será um molambo existencial que vai viver reclamando, fazendo greves, entupindo o nariz com ansiolíticos, antidepressivos ou mesmo com uma corda…

Essa história de que o desemprego é maior entre os jovens até pode ser, mas vá ver a personalidade desses jovens. Aliás, isso me faz lembrar de uma senhora/mãe que depois de um comentário meu ao meio-dia numa TV me ligou pedindo ajuda para empregar o filho. Quem tinha que ter ligado era o filho, mas vá lá, mãe é mãe… O que faz o seu filho? perguntei. E a mãe, esperançosa, respondeu: – Ah, Prates, o que tu arrumares está bom! Só não bati o telefone em respeito à senhora. Mas pensei, o vadio não quer trabalhar, quem quer não pede para a mãe fazer uma ligação. Vadio. Vadios.

Banheiros
Não é preciso tanto, mas… Acabo de ver as fotos. Jovens vestidos de militares, dormindo às 8 da noite, acordando às 4 da manhã e ferro, muito ferro. Apanham e muitos são até tratados com eletrochoque, tudo porque… São viciados em internet. E por acaso não haverá nesse vício muito dos “pais”? E os papais, lá e cá, não são punidos por seus dissimulados vícios?

Falta dizer
E ainda… Incontáveis famílias americanas ensinam seus filhos, desde cedo, a cortar grama. Adolescentes, eles saem pela vizinhança a procurar trabalho, uma grama para cortar. E por aqui? Vícios e vadiagem.

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.