A guerra na Ucrânia, muitas vezes reduzida a números, mapas e disputas geopolíticas, ganha contornos mais profundos quando atravessa o olhar de quem esteve lá. Nesta edição, o OCP traz uma reportagem exclusiva com um jaraguaense, morador de Guaramirim, que lutou ao lado das tropas ucranianas, rompendo com o distanciamento habitual que mantemos das guerras modernas. Não é mais apenas sobre tanques, drones e tratados, mas, é sobre frio cortante, vozes no rádio pedindo socorro, perdas irreparáveis e vidas resgatadas em meio à fumaça da destruição.
Há algo de perturbador e, ao mesmo tempo, necessário, em humanizar a guerra. Porque por trás de cada disparo, há uma história que se apaga. Por trás de cada sobrevivente, há um trauma que persiste. E por trás de cada ato de coragem, há uma escolha moral que desafia os limites do entendimento comum.
A experiência compartilhada na entrevista exclusiva não é uma glorificação da guerra, ao contrário. É um apelo silencioso para que nunca esqueçamos o que está em jogo quando a diplomacia falha e o ódio comanda. É também um lembrete de que, mesmo no pior dos cenários, ainda há espaço para a compaixão. O resgate de animais deixados para trás, o cuidado com feridos sob o bombardeio, a renúncia ao retorno por amor à família. Tudo isso revela o que permanece humano em meio ao inumano.
O OCP, com sua tradição e forte inserção na comunidade, se orgulha de trazer aos leitores uma matéria exclusiva que transcende a cobertura comum dos conflitos internacionais. Uma narrativa que nos faz olhar para além das manchetes noticiosas e refletir: o que faríamos nós, se chamados a proteger, salvar ou resistir? Porque algumas histórias não são apenas para serem lidas, mas, para serem sentidas, refletidas e valorizadas.