Qual a saída? – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

18/09/2023 - 06:09

Estou voltando da cozinha, fui tomar um suco, ou será que fui respirar um pouco? Está tudo muito difícil. Difícil a vida dita social, na verdade uma vida entre desatinados mentais de todo tipo. Podia mesmo dizer que estamos vivendo num pátio de hospício, e se estou nesse azedume, leitora, é para abrir a janela para os sensatos, para os que ainda têm uma boa direção na vida. Antes de ir à cozinha, corri por três portais de jornalismo. Por baixo, umas trezentas notícias, com fotos e tudo. Nenhuma notícia boa. Sabes o que é isso, nenhuma? Só coisa ruim ou neutra, de uma neutralidade danosa também. Gente conhecida, “famosos”, políticos, atletas, povo, tudo na pior ou gemendo alguma coisa. Uma das notícias me fez saber de uma mulher, bonita, riquíssima, foi casada com um “grandão” de uma das nossas tevês, mulher daquelas que não sossegam o facho. Ela nasceu tendo tudo por perto, cresceu assim, casou, descasou, casou, descasou… E anda por aí, podre de rica, bem conhecida. Pois essa mulher foi gravada de uma janela do apartamento em que mora, apartamento daqueles de faraós, no Rio de Janeiro. Na noite da festa dos 100 anos do Copacabana Palace, a tal mulher berrava num megafone para o cantor que se apresentava na festa, à beira da piscina. Os amigos adoraram a “loucura” dela. E se fosse uma vizinha que fizesse isso? Seria presa e internada, louca e perigosa, diriam dela. Pelos noticiosos não vemos nada de bom, de exemplar, que nos entusiasme e faça-nos mudar a vida para melhor, nada disso. Só pua bem afiada. Esse vale tudo que anda por aí entedia e desanima os mais sensatos. Se alguém duvidar, sugiro que dê “agora” um giro pelos portais, pelos sites de notícias. Que horror, as pessoas boas estão escondidas ou fugindo. – Ah, quase me esquecia de dizer, vi também há pouco no Instagram um guri, devia ter uns três, no máximo quatro anos, dançando um funk, um rebolado ridículo, com certeza com os sorrisos dos pais e dos avós. Pobre criança-ridícula, ela está no Período de Molde e o que ensinam a ela é ser ridícula. Ridícula moderna. É isso. Vou voltar para a cozinha…

VERGONHA

Brasil. O sujeito precisa mesmo ser muito cara-de-pau para matar a filha, uma criança, crime de repercussão nacional, ser condenado a 30 anos de cadeia e estar já agora, pouco tempo na cadeia, reivindicando redução da pena por ter feito alguns trabalhos no presídio e lido um livro, um… Safados inventaram que um preso que faça algum trabalho enquanto preso e leia livros tem direito a redução do tempo de condenação. Falta de respeito às vitimas. Trabalho e leitura devem ser “obrigações” dos apenados e não atenuantes. Coitadas das vítimas.

SOM

E ninguém faz nada? Vagabundos provocadores, sabem o que estão fazendo, fazem para incomodar, para agredir, para provocar mesmo, som do carro ligado nas alturas e motos ensurdecedoras, dia e noite. E ninguém reage? Cuidado, não brinquem com a sorte. Estão esperando que um grupo de cidadãos forme um bloco de reação e pegue os vagabundos? Não brinquem com fogo, vagabundos do barulho.

FALTA DIZER

Difícil carregar essa mala, a mala da vida. Ela anda muito pesada, tem dentro dela medos, culpas, mágoas, insatisfações, frustrações, tudo, de ruim ao pior. É a mala que carregamos dentro de nós, mas… Ela pode ser reciclada, depende de nós, jogar fora o que não presta. Vai sobrar bem pouco, é preciso coragem e virar páginas… Vale a pena!

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.