A Procuradoria da Mulher da Câmara de Jaraguá do Sul reuniu-se com representantes da Prefeitura para discutir a aplicação da lei que reserva 10% das entrevistas de emprego a mulheres vítimas de violência doméstica. Embora a norma tenha sido um marco social à época de sua criação, hoje enfrenta problemas de execução, já que o antigo sistema do Sine foi substituído pelo programa “Jaraguá do Sul Mais Empregos”, tornando a lei ineficaz na prática.
O encontro, que reuniu as vereadoras Natália Petry (MDB) e Sirley Schappo (Novo), além dos secretários municipais Bianca Uber e Thiago Sarmanho, evidenciou a distância entre a boa intenção das leis e sua efetividade. Mais do que uma questão administrativa, o tema exige ações concretas que realmente assegurem a autonomia financeira dessas mulheres, com oportunidades reais de reinserção no mercado de trabalho, capacitação profissional e suporte psicológico.
A secretária Bianca Uber destacou programas como o Qualifica Jaraguá e parcerias com o Senai, que apontam caminhos positivos, mas ainda insuficientes. A expectativa é de que a revisão da legislação, prometida pelo Gabinete do Prefeito, vá além de ajustes técnicos e recupere o propósito original da norma: ser um instrumento de emancipação e transformação social.
