Antídio Aleixo Lunelli, deputado estadual
Neste dia 15 de novembro, data em que o Brasil celebra a Proclamação da República, o marco maior da nossa ainda jovem democracia, temos um momento propício para refletirmos, não somente sobre o nosso passado, mas também sobre o futuro que desejamos para nós e, sobretudo, para nossos filhos e netos. Como deputado estadual há dois anos, prefeito por duas vezes, e com mais de quatro décadas de atuação na iniciativa privada, começo dizendo que não há dúvidas de que precisamos de um choque de gestão para fazermos o Brasil deslanchar.
Um país que se desenvolve e cresce com sustentabilidade depende de um ambiente que favoreça a prosperidade, o empreendedorismo, a inovação, a segurança jurídica e que ofereça infraestrutura de qualidade, saúde e educação.
Infelizmente, chegar a essa realidade tem sido um caminho lento e tortuoso no Brasil. Sem uma política fiscal séria, controle rígido de gastos e investimentos eficientes, temos um setor produtivo que padece sem nenhum apoio, e uma classe trabalhadora cada vez mais sufocada pela perda de poder aquisitivo.
E se formos mais a fundo, temos um governo federal que prefere vendar os olhos dos cidadãos com iniciativas populistas que em nada contribuem para tirar as pessoas da miséria de verdade. É bolsa isso, bolsa aquilo, e nada de investimentos em pesquisa, estudo, inovação, saúde, infraestrutura e serviços públicos de qualidade. Temos um povo ordeiro e trabalhador que precisa dos incentivos certos. A grande maioria não “quer o peixe, quer aprender a pescar” e viver com independência.
O Brasil que queremos é um país aos moldes da Suíça e Nova Zelândia, por exemplo. Países que cresceram com gestão, com fomento à educação, combatendo a corrupção e com serviços públicos eficientes. Cresceram rápido porque pensaram em longo prazo, pensaram no futuro das pessoas. Hoje colhem uma qualidade de vida invejável, sendo exemplo para o mundo inteiro. Mas em terras brasileiras, parecemos estar sempre na contramão daquilo que é bom.
Eu não queria estar certo, quando na tribuna da Alesc, vinha alertando sobre a situação crítica das finanças do país. Mas a confirmação de que essa é mesmo a realidade veio recentemente com o anúncio de um rombo nas contas públicas que, em um curto prazo, compromete o desenvolvimento do Brasil e o nosso futuro como sociedade. Aí vira essa desordem: um corre-corre aqui, corre-corre lá, para criar pacotes e medidas astronômicas e desastrosas de contenção dos prejuízos. É praticamente um deboche na cara do trabalhador que sabe que a conta chegará em breve na sua casa.
Precisamos de Ordem e Progresso, precisamos de respeito a esses dizeres. Melhores escolhas vão, sem dúvidas, atenuar o prejuízo que vemos diariamente embaixo do nosso nariz.
Nosso país é de uma beleza e potencial únicos, mas temos um governo que vem dilapidando isso. E todo mundo sabe que se leva anos para construir um cenário digno, mas pouco esforço para colocar tudo em ruínas.
Nos últimos dois anos, nós brasileiros temos aprendido duras lições. A primeira delas sem dúvidas é aprender a votar. Só sentar no sofá e criticar não adianta também. Homens e mulheres preparados e com boas intenções também precisam se envolver na política e ir para a linha de frente fazer a diferença. Está na hora de partir para o trabalho duro e apoiar nomes capacitados para gerir o país, estado e municípios. Que o futuro do Brasil seja de oportunidades, prosperidade e respeito aos valores da nossa nação.