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Presente inesquecível – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

12/04/2024 - 07:04

Houve um tempo em que se costumava dizer que uma pessoa “ia arrumar sarna para se coçar” quando ela pessoa contava que ia fazer determina coisa. Essa coisa, no entendimento dos amigos, dos familiares, seria uma “sarna”, algo a ser evitado. O oposto à “sarna para se coçar” é fazer algo de bom, de proveitoso, de útil a uma pessoa, seja ela quem for, mas especialmente alguém que anda ao nosso lado. Foi o que pensei quando, ontem, ouvi uma palestra do escritor americano Darren Hardy. Saí para caminhar escutando uma palestra em inglês, para manter ativo o meu “listening”. Palestra interessante. O palestrante contou que vivia tendo pequenas discussões com a mulher dele, eram ainda jovens, faixa dos 30… Darren contou que era muito cuidadoso na relação com a mulher, mas mesmo assim discutiam, trocavam pequenas acusações, aquelas coisas que os casados bem sabem. Num determinado dia, Darren decidiu não mais discutir com a mulher e tomou uma decisão: durante um ano, e todos os dias, ele ia anotar num caderno qualquer coisa que a mulher dele fizesse de positivo, qualquer. Se ele, por exemplo, derrubasse uma caneta e ela pegasse a caneta para ele, essa ação dela seria colocada com data e hora no caderno. Fez isso por um ano, e bem antes disso o relacionamento deles já estava bem melhor, só briguinhas. A mulher do Darren nada sabia desse caderno escondido de que o marido fazia uso para anotar as coisas boas do comportamento dela. Um ano, ele anotando e ela sem saber de nada. Completado um ano, chegou o Valentine’s Day, o dia dos namorados para os americanos. Darren deu à mulher um presentinho e lhe entregou junto o caderno de anotações, um ano de observações sobre o que ela tinha feito de bom, dia após dia. Quando a mulher recebeu o caderno e viu o que ele continha, contado pelo marido, a mulher chorou copiosamente e por bons minutos. Ela estava encantada com o caderno que registrara o que de bom ela tinha feito durante um ano. Coisinhas pequenas, bobas mesmo, mas boas. Até hoje o casal vive num abraço só. Pequenas ações de amor mudam-nos a vida.

ELOGIOS

Elogios, não raro, corrigem más condutas. Conto uma história. Joãozinho era o inferno em sala de aula, não havia professora que o agüentasse, era conhecer o Joãozinho e pedir demissão. Um dia chegou uma nova professora, que já sabia do Joãozinho. Chegou, chamou o Joãozinho e disse a ele que sabia de sua fama de líder, que ia contar com ele para a disciplina em sala de aula. Bateu-lhe no ombro e agradeceu pela ajuda. Joãozinho nunca mais incomodou, tornou-se um aluno nota 10. Temos muito do Joãozinho…

DISCIPLINA

Muito interessante a deslavada hipocrisia da maioria que anda por aí. Um lugar perigoso, perigoso por questões de saúde, de segurança física e de problemas de toda ordem? Sala de aula. É imperioso que haja câmeras de vídeo, “câmeras de comportamento”, em todas as salas de aula, quem não deve não teme… As câmeras vão ajudar os professores e fazer os desordeiros pensar um pouquinho mais antes de suas patranhas. Câmeras, já!

FALTA DIZER

Informação da Sociedade Brasileira de Urologia: – “Brasil lidera países com maior incidência de câncer de pênis, com 600 amputações por ano”. Tem cabimento? Duas causas: falta de higiene e vírus HPV, que bem pode ser combatido por uso de camisinhas e vacinas. Falta de higiene é uma causa? Canalhas. E saem por aí a fazer sexo? Canalhas!

 

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.