Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Posturas diferentes – Claudio Prisco Paraíso

Foto: Divulgação

Por: Claudio Prisco Paraíso

16/01/2025 - 06:01

Assim que a intenção de Lula da Silva de trazer o PSD ou o MDB para compor a chapa que ele pretende encabeçar na reeleição de 2026 foi noticiada na mídia nacional, houve um alvoroço aqui em Santa Catarina. Não da parte do MDB. A turma do Manda Brasa mergulhou e, consequentemente, silenciou. Mas o PSD, não. Até porque o partido tem um pré-candidato já apresentado ao governo do Estado – o prefeito João Rodrigues. Diferentemente dos emedebistas, que têm o nome do deputado Antídio Lunelli sempre lembrado. Mas, ainda sem definição.
Ele inclusive disputou a convenção em 2022 para concorrer ao pleito, mas foi derrotado pela corrente que garantiu o ex-prefeito Udo Döhler na chapa encabeçada pelo então governador Carlos Moisés. Hoje, Antídio é lembrado também como o nome para compor a majoritária com Jorginho Mello em 2026. Mas, declarado mesmo, com bloco já na rua, apenas João Rodrigues. Ele já ameaçou inclusive desembarcar do partido, caso o PSD de Gilberto Kassab figure na chapa do atual inquilino do Planalto.

Pacote

A ameaça de João de Rodrigues não é apenas se o PSD indicar o vice de Lula. Vale, também, se o partido apoiar o petista. O caminho dele, nestes casos, seria buscar abrigo em outra sigla.

Caminhos

E aí, quais seriam as alternativas para o prefeito chapecoense, o PP progressista ou o União Brasil? No PL de Jorginho Mello, seria improvável. No Republicanos, igualmente. A legenda é comandada pelo deputado federal Jorge Goetten, intimamente ligado ao governador.

Em casa

O vice-presidente do Republicanos em SC vem a ser o irmão do governador, Juca Mello. Então seriam apenas duas alternativas. Só que o PP já tem um nome majoritário, Esperidião Amin. O senador mira a reeleição.

Juntos

Esperidião poderia compor com o João Rodrigues, mesmo na condição de correligionário? Sim. Mas se a ideia é agregar os dois no mesmo partido, eles já ocupariam duas das quatro posições. E restaria então o União Brasil a Rodrigues.

Racha

Só que o noticiário nacional desta semana dá conta de que o União Brasil está rachado e um segmento considerável não deseja candidatura à presidência e sim respaldar Lula da Silva, ignorando olimpicamente as pretensões do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que corre o país na condição de pré-candidato.

Baiano

Há, ainda, ACM Neto, que respalda Caiado e é contra uma aproximação com o PT, além, evidentemente, de um bom número de deputados do União. Não se fala de senadores e nem mesmo de lideranças do União Brasil, especialmente quando olhamos para o Norte e o Nordeste, onde alegam que apoiar Lula representaria um crescimento maior do partido do que buscar uma candidatura própria na figura de Caiado.

Descarte

Então, João Rodrigues já não teria o União como opção. Ou seja, tanto o União quanto o PSD andam sem saber para onde caminhar. Além do próprio MDB. Onde tiver uma canoa, eles colocam um pé, um dedo, um joelho, seja o que for.

Tripé

Será que os três partidos vão liberar geral? O PSD e o MDB não têm candidatos viáveis? Ratinho Júnior, do Paraná, pelo PSD, não seria uma opção? Ele vai ao Senado. Está na cara. E o MDB teria Simone Tebet, mas ela é ministra do Planejamento de Lula. Quando muito poderia compor de vice. Ela disputou a eleição passada e ficou em terceiro lugar.

Embaralhado

O quadro está absolutamente indefinido. E o desfecho presidencial vai influenciar nos estados. Nesse momento, João Rodrigues não sabe muito bem por onde vai caminhar em 2026, considerando-se que aqueles partidos alternativos ao PSD poderão estar também na mesma balada dos seus atuais correligionários.

Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp