Positivismo não cura! – Leia a coluna de Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

07/10/2022 - 05:10 - Atualizada em: 07/10/2022 - 08:00

Essa frase não é minha, essa do positivismo não cura. Essa frase foi feita às últimas horas por um jovem ator australiano acometido de uma doença grave e sentenciada pelos médicos como irreversível. O rapaz tem se queixado do sofrimento por que passa, faz revelações diárias do seu desencanto com a vida. Diante desses gemidos, muitas pessoas têm mandado dizer a ele que ele pare de dizer que positivismo não cura. Positivismo aqui significa esperança, otimismo, luta…

Faço aqui um ponto, leitora, e vou dizer sobre o que penso. Positivismo cura sim. Mas cura se for genuíno, se for visceral, a pessoa de fato acreditando que “tudo é possível ao que crê”. Tenho lido muito sobre isso, em livros e jornais, histórias de nos deixar sem o que dizer diante dos “milagres”. Há incontáveis casos de pessoas que depois de morrer foram autopsiadas e nelas foram descobertas doenças gravíssimas, todavia, sem qualquer sintoma ou aborrecimento a essas pessoas enquanto estavam vivas. O modo de viver, o natural otimismo/positivismo as fez viver sem saber de suas doenças.

Já falei aqui dos casos contados no livro “Amor, Medicina e Milagres”, do oncologista americano Bernie Siegel, que mudou seu modo de pensar como médico e sobre as curas diante desses incompreensíveis “milagres”. Milagres plenamente possíveis em pessoas que são existencialmente positivas. Uma coisa é um “crente” ir à igreja, fazer orações labiais e sair dizendo que crê em Deus ou no que for… Crê coisa nenhuma, é um credo labial, por dentro o sujeito duvida até da própria sombra.

O que nos faz vencedores na vida é crer, crer nos possíveis da vida e, inconscientemente, nos impossíveis. Ademais, o que é impossível? Esse ator australiano está vivendo asperamente o desencanto que a doença o trouxe, ele tem muita razão, não é para qualquer um tirar de letra o que vida nos empurra goela abaixo. Isso é uma coisa, aceitável, justificável, outra é o negacionismo embotado, rasteiro.

Acreditar no possível, tirar a cabeça de cima do problema e viver como se ele não existisse é caminho seguro para o bem-estar, o que não significa ignorar tratamentos e passos a serem dados. O tratamento é como beber água, indispensável e positivo, se a cabeça pensar assim. Aí está o “milagre” da vida. Vale para tudo e para todos.

PERIGO

Muita gente que anda por aí tem “aquilo” na cabeça, bah, se tem. O Ministério da Saúde proibiu a venda de cigarros eletrônicos. Você já viu a quantidade de fumaça que o leviano aspira, inala, com esses cigarros? Pior que chaminés de olaria. É fumar e encomendar a cova, mesmo assim, os “avançados” se acham os tais e se lascam no vício mortal. Tem mesmo que ter “aquilo” na cabeça.

MULHERES

Existem quase 200 países no mundo, de todos os tipos, tamanhos, misérias e riquezas. O Brasil está entre os da pior miséria, a da moral, da educação, do respeito, da boa aplicação das leis. Não tem cabimento que entre tantos países o Brasil esteja no 5º lugar em feminicídios, machos brochas matando mulheres. Não tem cabimento. Três razões: legisladores toscos; justiça pessimamente aplicada; e “caídos” existenciais e físicos em predomínio nas famílias.

FALTA DIZER

Será que alguém em Brasília ainda não pensou que sem professores não há futuro? Acho que sim, haja vista o desprezo do pessoal do (falso) poder pelo magistério. Sem a revolução no magistério, com professores valorizados, bem pagos e respeitados, podem tirar o cavalinho da chuva, vamos continuar “brasil”. No atoleiro.

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.