Portas fechadas, sim – Luiz Carlos Prates

Por: Luiz Carlos Prates

25/09/2024 - 07:09

Há hoje pelo mundo uma coletiva e estonteante loucura. Muitos equivocados pensam que o mundo digital, que as tecnologias de todo tipo vão imperar no planeta de tal sorte que quem não as dominar vai se ralar. Soberana ignorância. Hoje qualquer guri ou guria das taperas sabe tudo de tudo dessas tecnologias, mas vivem atolados nos nadas da vida. Vão crescer num atoleiro de “iguais”. Onde quero chegar? Quero chegar ao óbvio. A raça humana, ou a sub-raça humana está caindo de quatro e pastando na fazenda da vida. Sem o humanismo, sem o pensar de modo claro, reto e moral ninguém vai atravessar a rua do bem-estar ou chegar ao bem-estar. Educação moral e cívica sem desculpas é a vacina da sociedade. E toda vez que digo isso diante de alguém, não falta um apressado para me chamar de “militarista” ou politicamente de algo bem danoso, bota danoso nisso… Já falei aqui que muitos das gerações mais recentes, aquelas bobagens de Geração Z ou Geração Y, como os parvos inventaram, não vêem nenhuma graça ou vantagem em dizer “muito obrigado, por favor, com licença, desculpe-me”, coisas desse tipo e indispensáveis para que o nosso barco da vida chegue mais longe… Ontem ouvi sobre casais que soltam puns, arrotam, tomam banho ou fazem pior com a porta do banheiro aberta, etc etc, tem cabimento? Como é que pode haver “atração”, respeito ou amor num tal tipo de relacionamento? – Ah, cara, tu queres o quê, que eu me comporte como uma freira, como um padre? E por que não? Há momentos para tudo na vida, mas muitos desses momentos têm a pessoa que vivê-los sozinha, com a porta fechada e, não raro, com o ventilador ligado… É preciso ficar claro, e as famílias precisam dizer isso aos filhos, crianças, que tecnologias são importantes, mas que o mais importante de tudo é a pessoa ser “gente”. Se esse tipo de pessoa não for reconhecido pelo seu ambiente social, pelos seus equivocados amigos, será por ela mesma. E aí mora a paz e o acerto da pessoa com ela mesma. Eu gostaria de saber de uma única empresa bem-sucedida sobre a Terra que sobreviva só ou apenas de tecnologias. Ninguém jamais vai acabar com o “ser”. Com o “ser humano”.

JOGOS

“Ingênuos” estão perdendo tudo em jogos eletrônicos. Ouça esta, jornal de São Paulo: – “Uma das principais casas de apostas brasileiras, oferece a parceiros um curso que ensina a forjar depoimentos de falsos ganhadores, driblar regras de anúncios em redes sociais, montar perfis de falsos especialistas e até a usar o ChatGPT para aprimorar promessas de ganhos elevados com jogos de azar”. Depois não venham, os apostadores, pedir Pix para ajudas. Apostem em livros!

FRASE

Assis Chateaubriand fundou a rede de Diários e Emissoras Associados, a maior do Brasil, enquanto ele viveu, 1892/1968. Chateaubriand dizia em seus discursos que – “Não há coisa impossível à pessoa arrastada por uma convicção íntima”. “Chatô”, um abraço, vivo dizendo isso desde que nasci. O impossível não faz parte do vocabulário da vida dos obstinados na certeza da competência e do elevado propósito. O mais é desculpa dos frouxos!

FALTA DIZER

Joss Stone, cantora britânica, 37 anos, veio ao Rock in Rio. Em entrevista ela disse que ao tornar-se mãe de uma menina… – “Comecei a me sentir culpada por estar tirando dela a infância que ela merece, a única saída é diminuir o número de shows…”! Bem coisa de mulher, lascar-se. E o maridão, o pai, diminuiu o trabalho dele?

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Luiz Carlos Prates

Jornalista e psicólogo, palestrante há mais de 30 anos. Opina sobre assuntos polêmicos.