Vou começar nossa conversa lhe fazendo uma pergunta, afinal, perguntas abrem portas… Pensando bem, perguntas também podem fechar portas, tudo vai depender da situação, vai depender de quem faz a pergunta e muito dependerá de quem ouve a pergunta, mas… Mesmo assim, vamos lá. Quando foi a última vez que você ouviu falar no bom samaritano? Ouso dizer que nem nas igrejas falam do bom Samaritano. Por que o assunto? Foi assim, abri o livro “Farmácia de Pensamentos”, da carioca Sônia Aguiar, 79. Uma das frases publicadas pela Sônia diz assim: – “A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre”. No alvo. Essa verdade, de que para ser popular é preciso ser medíocre, pode ser comprovada agora, basta entrarmos nas redes sociais e observar quem faz sucesso. Bobões e bobonas, milhares de seguidores, claro, os iguais se atraem. Vamos à verdade. Quando temos idéias acima de média, quando temos iniciativas que nos elevam, quando estudamos e aprendemos sem tréguas ao longo da vida, quando crescemos como gente e não como mais um indivíduo, vamos ser apedrejados. Ninguém se lembra do bom samaritano, nem nas igrejas, por quê? Porque o bom samaritano constrange a maioria, ele foi gentil, bondoso, ético, foi gente sem olhar para os lados, sem buscar “seguidores”, afinal, buscar seguidores vem desde os tempos em que a Terra era apenas terra… A inveja consome a pessoa invejosa como a ferrugem o ferro. E olhe, vou dizer algo comprovado, mas pouco comentado, o sucesso de um cônjuge, dele ou dela, tem acabado com muitos casamentos, claro, com desculpas inventadas, mas… Pensar: ele é tudo e eu não sou nada, ou ela é tudo e eu não sou nada, tem acabado com muitos casamentos. Será que os religiosos da boca para fora não se lembram da história (história inventada, mas uma boa história) de Caim e Abel, irmãos? A inveja seca os ossos. Agora, cá pra nós, é muito melhor ser invejado que invejoso. E outra coisa, todos nós, qualquer um de nós, tem potencialidades para ser admirado, sinônimo de invejado. É só saber de nossas potencialidades, levantar da cadeira e agir. Pronto. Vamos ter milhares de seguidores às avessas, isto é, invejosos. Que bom!
TOLICE
Crenças vãs me incomodam, como numerologia, por exemplo. Acabo de ler este título: – “Você carrega energia de anjo? A numerologia aponta que quem nascer nestas datas, sim”. E aí davam as tais datas, quatro. Claro que não as vou dizer, apenas dizer que quem não tenha nascido naquelas datas nada tem de anjo? Terá então de demônio? – Ah, vão achar o que fazer, “inventores” tolos.
NÓS
Vou repetir agora o que já disse miríades de vezes. Podemos ter nascido numa lata de lixo, podemos ter tido pais ruins, maus mesmo, podemos ter estudado pouco, podemos não ter dinheiro no banco, nada, absolutamente nada nos impede, todavia, de chutarmos para longe isso que muitos chamam de destino. Destino nós fazemos, com mangas arregaçadas, cabeça cheia de fé e testa alagada pelo suor de um propósito. Tudo o mais é desculpa.
FALTA DIZER
Interessante, no livro “Maravilhosamente Imperfeito, Escandalosamente Feliz”, o escritor italiano Walter Riso, 74, pergunta: – “Seu eu confiscasse seu documento de identidade e seu diploma, o que você seria, quem seria então? Bela pergunta, costumamos responder que somos isso ou aquilo, referência a um trabalho ou título universitário. Mas isso não é o que somos? Quem você é, sem qualquer referência externa? Aí o bicho nos pega, ô…!